Suíno Vivo: Mercado segue em recuperação e preços sobem em SP e RS nesta 2ª feira
As cotações para o suíno vivo voltaram a registrar alta nesta segunda-feira (25). Após semanas de recuos de preços, o mercado começa a esboçar reação já nos últimos dias. Desta vez, as referências de negócios voltaram a subir em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Na praça paulista, a bolsa de suínos definiu cotação entre R$ 68 a R$ 70/@ – o mesmo que R$ 3,63 a R$ 3,73/kg. Na última semana, alguns negócios haviam sido registrado acima da referência de negócios, demonstrando tendência de alta para esta.
Apesar da recuperação, o cenário ainda é de preocupação ao setor, visto que os custos de produção na praça estão em torno de R$ 80/@. O presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), Valdomiro Ferreira, explica que houve uma redução na oferta de animais.
“O que preocupa o segmento é a longevidade nas perdas, motivada pelo alto custo na produção e um preço do suíno vivo reprimido pela disputa por parte do atacado e varejo em relação ao animal abatido”, explica em nota.
No Rio Grande do Sul, a ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que a média de preços pagos aos produtores independentes passou de R$ 3,45/kg para R$ 3,47/kg nesta semana. Enquanto a cotação aos integrados seguem na média de R$ 2,85/kg.
Por outro lado, a cotação estadual paga para a saca de 60 quilos de milho voltou a registrar alta, chegando a R$ 49,50. O preço médio do farelo de soja teve ligeiro recuo e fechou a pesquisa em R$ 1.365,00 pela tonelada.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que o momento é de recuperação, após um período de oferta elevada e demanda enfraquecida no cenário doméstico. Porém, o mercado deve ficar mais lento nesta semana, por ser o período do mês de menor consumo.
“As quedas no preço do suíno vivo, que ocorreram devido ao aumento da oferta, perderam força em praticamente todas as regiões pesquisadas pelo Cepea nesta semana, visto que muitos produtores têm se recusado a vender nos atuais patamares”, explica o Centro.
Exportações
Os embarques de carne suína in natura continuam em alta neste mês de julho. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontou que em 16 dias úteis foram exportados 41,7 mil toneladas, com média diária de 2,6 mil toneladas. Em receita, os embarques somam US$ 88,6 milhões.