Conab programa compra de feijão por meio de AGF

Publicado em 30/01/2014 07:23 e atualizado em 30/01/2014 16:31

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) programou a compra de 64 mil toneladas de feijão para o mês de fevereiro por meio de Aquisição do Governo Federal (AGF), com um desembolso previsto de R$ 100 milhões.

A Conab está propondo comprar a leguminosa nos estados onde o preço está abaixo do mínimo. São eles: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Tendo em vista as dificuldades enfrentadas pelos produtores de feijão e após reivindicação do setor, o secretário Neri Geller encaminhou para análise da Conab a importância da realização da AGF para a liberação de mais recursos financeiros pelo Governo, para a compra e formação de estoques reguladores do produto.

O secretario ressaltou que se o preço continuar abaixo do mínimo, o governo federal aumentará as quantidades para garantir preço ao produtor. “É importante frisar que com este trabalho está sendo desenvolvido e a renda do produtor será assegurada. O foco agora é que seja controlada a acentuada queda nos preços da leguminosa”, pontuou Neri Geller.

Saiba mais

A AGF é um instrumento da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Produtores rurais, agricultores familiares e/ou suas cooperativas são beneficiários dessa modalidade, cuja aquisição é realizada quando o preço de mercado estiver abaixo do preço mínimo estabelecido para a safra vigente de qualquer produto da pauta da PGPM, condicionada ao repasse pelo Tesouro Nacional dos recursos para a operacionalização das aquisições.

Mapa atende pedido da Faeg e concede AGF do feijão

Faeg

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atendeu à solicitação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e fornecerá AGF para o feijão. A operação já foi confirmada tanto pelo Mapa, quanto pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e também foi confirmada disponibilidade de verba para início imediato das operações de compra pelo governo.

A única pendência até o momento é a norma da Conab que regulamente o aumento de 600 sacas para 2 mil. Este foi um dos pedidos da Faeg, mas ainda não foi confirmado.  A Companhia de Abastecimento assumiu, entretanto, o compromisso de definir os valores até a tarde desta sexta-feira (31).

A solicitação da Faeg ocorreu porque houve acentuada queda nos preços da leguminosa. Atualmente, produtores goianos vendem a saca por preço bem abaixo do valor mínimo estabelecido. O preço atual pago ao produtor em Goiás, pela saca de 60 Kg do feijão tipo 1 carioca, é de R$ 70. Com a decisão, produtores poderão entregar o produtor pelo preço mínimo do produto, fixado em R$ 95 no ano passado, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A aquisição engloba também o tipo 2.

Para reverter a queda dos preços, José Mário Schreiner solicitou que a compra do produto seja feita por AGF, mecanismo no qual o governo adquire o produto diretamente dos agricultores quando o preço de comercialização está abaixo do preço mínimo.  

Além do pedido de compra, o presidente da Faeg solicitou ainda que a quantidade máxima, a ser comprada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fosse elevada. A quantidade máxima que a Conab estava autorizada a comprar de cada produtor de feijão, pelas normas em vigor, é de 600 sacas de 60 Kg. Agora, o pedido é que o valor suba para 2 mil sacas.

A solicitação foi feita, na última terça-feira (21), durante audiência com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller. Além disso, a federação está fazendo o acompanhamento diário do processo.
“A maioria dos produtores goianos é de médio porte e eles utilizam moderna tecnologia, além de elevados índices de produtividade. Não podemos deixar que os produtores recebam abaixo do valor mínimo. Agradecemos ao Ministério da Agriculturae à Conab por atenderem nossa solicitação”, comemora José Mário.

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Fonte: Mapa + Faeg

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