Colheita das principais culturas de verão está praticamente concluída no RS

Publicado em 10/05/2018 17:06

As principais culturas de verão estão praticamente todas colhidas no Rio Grande do Sul. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (10/05), o milho e a soja já estão com 96% da área total semeada colhida e o arroz com 95%.

Com o encerramento da safra de soja na maioria das lavouras e regiões, a tendência é que seja acelerada a colheita das lavouras maduras de milho grão e de milho silagem, contando com as condições meteorológicas atuais de tempo seco.

Com a colheita do milho em finalização, as atenções se voltam especialmente à comercialização, que atinge mais de dois terços da produção colhida. Os preços esboçam leves aumentos, fundamentados nas dificuldades climáticas que a safrinha vem enfrentando, estoques pequenos e importação quase que proibitiva em razão das altas nas cotações do dólar. Os produtores detentores de estoques estão cautelosos aguardando melhores oportunidades para ofertar.

Restando no Estado apenas 4% da área de mais de 5,7 milhões de hectares de soja a ser colhida, ela deverá avançar rapidamente ao seu término, com os produtores e suas máquinas aproveitando as condições de clima seco que vem ocorrendo nesses últimos períodos. Grande parte das lavouras colhidas foi com solo seco e umidade dos grãos abaixo de 13%. Basicamente não necessitando secagem nos locais de recebimento. A qualidade geral dos grãos é muito boa e a produtividade está na casa das três toneladas por hectare na média do Estado. O produto colhido apresentou baixa impureza, mas com alguma quebra de grãos.

O mercado continua extremamente volátil, influenciado pelas fortes exportações de aproximadamente 30 milhões de toneladas, entre janeiro a abril, e também pela demanda interna pelo grão, principalmente pelas indústrias de biodiesel. Alguns produtores estão se beneficiando do bom preço atual, para faturar parte da produção. Outros estão usando a produção como poupança - preferindo vender outros grãos - esperando o melhor momento para realizar seus negócios com a soja.

A comercialização do arroz continua com menores volumes de negócios e com preços abaixo do esperado pelos produtores. Dificulta as vendas internas a contínua importação de arroz do Paraguai, pressionando os preços para baixo. A preocupação maior é a impossibilidade de os agricultores poderem realizar investimentos nas lavouras em decorrência dessa situação.

Plantio da cultura de inverno

Já a grande maioria dos produtores gaúchos da principal cultura de inverno, o trigo, continuam mobilizados em busca de crédito de custeio, reserva de sementes e no planejamento para então definir o tamanho da área que irão cultivar com o trigo. A tendência, que era de redução de áreas de cultivo no Estado, poderá ser revertida em razão do aquecimento dos preços, ora sustentados pelos baixos estoques, altos valores de importações e demanda aquecida. Fatores esses que poderão alterar o rumo anterior da implantação dessa principal cultura de inverno no Estado. Alguns produtores já iniciando os preparativos para a implantação da cultura, com início do manejo químico das lavouras para a semeadura.

Fonte: Emater/RS

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ANA e INPE lançam publicação que atualiza dados sobre irrigação de arroz no Brasil
Abiarroz intensifica ações para abertura do mercado chinês ao arroz brasileiro
Federarroz monitora situação das chuvas em lavouras arrozeiras gaúchas
CNA debate área plantada de soja e milho no Brasil
Ibrafe: Preços já estão 40% abaixo do praticado no ano passado.