Feijão não é o vilão da inflação, diz IBRAFE

Publicado em 11/02/2011 10:08
O Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAFE) divulgou nota nesta quarta-feira negando que o feijão seja o principal vilão do aumento da inflação no ano passado, segundo dados divulgados na segunda-feira pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), que apontou os produtos que tiveram as maiores altas nos supermercados em 2010 foram feijão (51,6%), papel higiênico (43,3%) e carne traseiro (34,9%).

“ O produtor de feijão foi e continua sendo muito penalizado na história da agricultura brasileira. Não foi e nunca serão o vilão da inflação. A verdadeira causa do preço mais alto do produto está nas elevadas margens dos supermercados que comercializam o grão”, diz a nota.

Segundo o IBRAFE, o quilo do feijão sai do produtor rural na faixa de R$ 0,90 e chega ao consumidor final a R$ 2,30, num aumento de 155%. “Se retirarmos os custos com frete, quebras, limpeza e embalagem, é possível verificar que os supermercados praticam margens acima de 50%, o que é um percentual muito elevado. Poderia ser perfeitamente a metade disso”, diz o IBRAFE.

Para a entidade, que congrega produtores e distribuidores de feijão de todo o país e tem sede em Curitiba, é uma contradição apontar o feijão como vilão justamente num momento em que a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Paraná,o Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) estão se mobilizando para amparar os produtores paranaenses de feijão, o maior estado produtor, que estão recebendo valores bem abaixo do preço mínimo de garantia estabelecido pelo governo federal, que é R$ 80,00 a saca de 60 quilos. De acordo com dados da Seab, os preços pagos aos agricultores têm girado em torno de R$ 55,05/saca (feijão de cores) e R$ 59,12/saca (feijão preto).

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Fonte: Ibrafe

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