Em novembro, IBGE prevê safra de 345,9 milhões de toneladas para 2025 e de 335,7 milhões de toneladas para 2026
Em novembro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2025 deve totalizar 345,9 milhões de toneladas, 18,2% maior que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), com crescimento de 53,2 milhões de toneladas; e 0,1% acima da informada em outubro, com acréscimo de 313,7 mil toneladas.
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A área a ser colhida é de 81,5 milhões de hectares, crescimento de 3,1% frente à área colhida em 2024, com aumento de 2,5 milhões de hectares, e acréscimo de 0,1% (66 804 mil hectares) em relação a outubro.
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,5% da estimativa da produção e respondem por 87,9% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 5,8% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço); de 10,9% na do arroz em casca; de 3,6% na da soja; de 4,2% na do milho (declínio de 5,7% no milho 1ª safra e crescimento de 7,0% no milho 2ª safra); e de 16,0% na do sorgo; ocorrendo declínios de 7,0% na do feijão e de 18,6% na do trigo.
Em relação à produção, houve acréscimos de 11,5% para o algodão herbáceo (em caroço); de 18,8% para o arroz em casca; de 14,5% para a soja; de 23,5% para o milho (crescimento de 12,4% para o milho 1ª safra e de 26,2% para o milho 2ª safra); de 35,4% para o sorgo; de 5,1% para o trigo; e para o feijão, ocorreu decréscimo de 3,0%.
Safra brasileira de grãos deve somar 335,7 milhões de toneladas em 2026
A safra brasileira de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas), em 2025, deve somar 335,7 milhões de toneladas, declínio de 3,0% em relação a 2025 ou 10,2 milhões de toneladas. O declínio da produção em relação à safra 2025 deve-se à menor estimativa prevista, principalmente, para o milho (-6,8% ou -9,6 milhões de toneladas, sendo crescimento de 6,4% relativo à 1ª safra e declínio de 9,7% em relação à 2ª safra), para o sorgo (-14,6% ou -787,9 mil toneladas), para o arroz (-8,0% ou -1,0 milhão de toneladas), para o algodão herbáceo – em caroço (-11,6% ou -1,1 milhão de toneladas), para o trigo (-4,0% ou -319,2 mil toneladas) e para o feijão 1ª safra (-3,5% ou -33,6 mil toneladas).
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Para a soja, a estimativa de produção foi de 166,0 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 141,6 milhões de toneladas (25,8 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 115,9 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz (em casca) foi estimada em 12,6 milhões de toneladas; a do trigo em 7,9 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 9,9 milhões de toneladas; e a do sorgo em 5,4 milhões de toneladas.
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para todas as Regiões Geográficas: Centro-Oeste (23,6%), Sul (10,3%), Sudeste (19,5%), Nordeste (7,7%) e Norte (21,9%). Quanto à variação mensal, apresentaram crescimentos na produção a Sul (0,3%), a Região Norte (0,4%) e a Sudeste (0,1%). A Centro-Oeste apresentou estabilidade (0,0%) e a Nordeste teve declínio (-0,3%).
Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 32,0%, seguido pelo Paraná (13,5%), Goiás (11,2%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (5,5%), que, somados, representaram 79,7% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (51,7%), Sul (25,0%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,0%) e Norte (6,4%).
Destaques na estimativa de novembro de 2025 em relação ao mês anterior
Em relação a outubro, houve aumentos nas estimativas da produção do sorgo (3,4% ou 174 963 t), da cevada (2,9% ou 17 352 t), do algodão herbáceo – em caroço (0,7% ou 72 609 t), do trigo (0,6% ou 46 155 t), da aveia (0,3% ou 4 674 t), do milho 2ª safra (0,3% ou 314 288 t) e da soja (0,0% ou 44 681 t), bem como declínios da castanha-de-caju (-5,8% ou -8 405 t), do feijão 1ª safra (-2,7% ou -26 522 t), do milho 1ª safra (-1,2% ou -313 986 t), do feijão 3ª safra (-0,5% ou -3 840 t) e do feijão 2ª safra (-0,3% ou -4 026 t).
Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 178,7 milhões de toneladas (51,7%); Sul, 86,4 milhões de toneladas (25,0%); Sudeste, 30,9 milhões de toneladas (8,9%), Nordeste, 27,8 milhões de toneladas (8,0%) e Norte, 22,2 milhões de toneladas (6,4%).
As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Paraná (214 900 t), no Mato Grosso (62 195 t), no Tocantins (40 530 t), no Pará (31 552 t), em Santa Catarina (29 708 t), em Minas Gerais (25 308 t), no Amazonas (14 713 t), em Sergipe (10 255 t), no Maranhão (8 260 t), no Acre (2 584 t), em Roraima (2 108 t), em Rondônia (187 t), no Rio de Janeiro (8 t) e no Amapá (3 t). As variações negativas ocorreram na Paraíba (-43 883 t), no Piauí (-27 242 t), no Ceará (-18 426 t), no Distrito Federal (-18 013 t), em Alagoas (-13 087 t), em Goiás (-3 559 t), em Pernambuco (-3 170 t) e no Rio Grande do Norte (-1 225 t).
ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A estimativa para a produção de algodão é de 9,9 milhões de toneladas. Em relação ao mês anterior, ocorreu um crescimento de 0,7% na estimativa da produção. A produção encontra-se 11,5% maior que a obtida em 2024. Assim como em 2023 e 2024, a produção brasileira de algodão, em 2025, é recorde da série histórica do IBGE. O Mato Grosso, maior produtor brasileiro, com 72,6% do total nacional, apresentou uma produção de 7,2 milhões de toneladas, crescimento de 0,1% em relação ao mês anterior. A Bahia é o maior produtor da Região Nordeste e o segundo do Brasil, responsável por 18,2% da safra nacional. A distribuição irregular de chuvas e a infestação pela mosca branca (Bemisia tabaci) e lagartas reduziram a produtividade média esperada no extremo oeste do Estado.
CASTANHA-DE-CAJU (amêndoa) – Em novembro, a produção nacional de castanha-de-caju foi estimada em 135,9 mil toneladas, retração de 15,6% em relação à safra de 2024, quando foram colhidas cerca de 161,0 mil toneladas. A cultura permaneceu extremamente dependente das condições de chuva no semiárido, em especial quanto à regularidade e distribuição das precipitações durante o florescimento e o enchimento dos frutos. Em 2025, eventos de estiagem e irregularidade pluviométrica em etapas críticas do ciclo produtivo, em grande parte do Nordeste, foram responsáveis pelo menor pegamento de frutos e pela intensificação de problemas fitossanitários, com reflexos diretos sobre a produtividade média nacional.
No comparativo mensal, a estimativa de produção nacional foi revisada de 144,3 mil toneladas para 135,9 mil toneladas, queda de 5,8% no período, equivalente a aproximadamente 8,4 mil toneladas a menos. No Ceará, maior produtor nacional, a produção estimada sofreu recuo de 1,1%, de 84,8 mil toneladas para 83,9 mil toneladas, em função de estiagens pontuais e incidência de pragas e doenças, como a antracnose, em algumas áreas. No Piauí, a reavaliação foi mais intensa, resultando em revisão significativa da produção de 28,8 mil toneladas para 14,5 mil toneladas (-49,6%), em razão de perdas associadas às condições climáticas e a problemas fitossanitários, que reduziram o pegamento e a qualidade das castanhas. No Rio Grande do Norte houve alta mensal expressiva de 35,4%, de 20,1 mil toneladas para 27,2 mil toneladas, sustentada por aumento de área e leve elevação de 1,2% de rendimento.
CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. Para o trigo (em grão), a produção estimada alcançou 7,9 milhões de toneladas, aumento de 0,6% em relação ao mês anterior e crescimento de 5,1% em relação a 2024. O declínio da área cultivada do trigo na safra de 2025 se deve aos preços do cereal que estavam apresentando baixa rentabilidade na época do plantio, bem como do desânimo dos produtores, que vêm nas últimas safras tendo perdas de produção e qualidade do cereal em função dos problemas climáticos.
A Região Sul deve responder por 86,2% da produção tritícola brasileira. No Rio Grande do Sul, principal produtor do País, com 46,4% do total nacional, a produção deve alcançar 3,7 milhões de toneladas, declínio de 0,8% em relação ao volume colhido no ano anterior, em função da menor área cultivada (-13,2%), embora o rendimento médio apresente crescimento de 14,3%. No Paraná, segundo maior produtor brasileiro de trigo, com participação de 35,1% no total, a produção foi estimada em 2,8 milhões de toneladas, aumentos de 0,8% em relação a outubro e de 17,4% em relação ao volume colhido no ano anterior, quando a produção foi severamente afetada por problemas climáticos. A produção de Santa Catarina deve alcançar 371,4 mil toneladas, aumento de 6,9% em relação a outubro. Em relação ao ano anterior, a produção catarinense apresentou um declínio de 12,9%.
A produção da aveia (em grão) foi estimada em 1,4 milhão de toneladas, aumentos de 0,3% em relação ao mês anterior e de 28,2% em relação ao volume colhido em 2024. Os maiores produtores do cereal são o Rio Grande do Sul, com 958,8 mil toneladas, aumento de 18,5% em relação ao volume colhido em 2024; e Paraná, com 246,7 mil toneladas, aumentos de 1,3% em relação a outubro e de 48,2% em relação a 2024, com o rendimento médio apresentando crescimento de 36,0%, em relação ao obtido no ano anterior, devendo alcançar 2 381 kg/ha. A produção catarinense deve alcançar 51,0 mil toneladas, aumentos de 3,0% em relação ao mês anterior e de 2,3% em relação a 2024.
Para a cevada (em grão), a produção estimada foi de 607,4 mil toneladas, aumentos de 2,9% em relação ao mês anterior e de 45,9% em relação ao volume produzido em 2024. Os maiores produtores da cevada são o Paraná, com 486,4 mil toneladas, crescimentos de 3,5% em relação a outubro e de 69,4% em relação a 2024, devendo participar com 80,1% na safra brasileira em 2025; e o Rio Grande do Sul, com uma produção de 101,6 mil toneladas, declínio de 6,9% em relação ao volume produzido em 2024. Embora a área plantada e a área a ser colhida estejam apresentando um declínio de 14,1%, o rendimento médio aumentou 8,4%. A produção gaúcha representou 16,7% do total da cevada produzida em 2025.
FEIJÃO (em grão) – Três safras compõem a produção brasileira de feijão, com destaque para a 2ª safra, que tem ganhado mais importância nos últimos anos, em função da preferência dos produtores em cultivar a soja na safra de verão (1ª safra), por sua maior rentabilidade e liquidez no mercado. A estimativa de novembro para a produção de feijão, considerando-se as três safras, deve alcançar 3,0 milhões de toneladas, reduções de 1,1% em relação ao mês de outubro e de 3,0% sobre a safra 2024. O Paraná é o maior produtor nacional de feijão, estimando uma produção de 839,8 mil toneladas ou 28,0% de participação na safra nacional; seguido por Minas Gerais com 474,2 mil toneladas ou 15,8% de participação. Em seguida, vem Goiás, com 369,8 mil toneladas ou 12,3% de participação e Mato Grosso com 365,1 mil toneladas ou 12,1% de participação.
A estimativa para a 1ª safra de feijão foi de 958,3 mil toneladas, representando 31,9% de participação dentre as três safras, sendo 2,7% menor que o levantamento de outubro. Em relação às Regiões Geográficas, houve declínio da estimativa de produção de feijão na Região Norte (-6,4%), Nordeste (-9,9%) e Centro-Oeste (-2,9%), enquanto as Regiões Sul e Sudeste mantiveram as estimativas de produção. A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, correspondendo a 42,8% de participação dentre as três safras. Houve declínio na produção na Região Nordeste (-2,2%), com destaques negativos para a Paraíba (-47,3%), para Pernambuco (-12,5%), para Alagoas (-28,3%) e para o Ceará (-0,8%), e aumento para o Piauí (259,1%). Na Região Norte, houve crescimento de 2,6%, com aumentos no Pará (19,0%), Amapá (0,4%) e Tocantins (1,2%). Na Região Sul, houve declínio de 0,4%, com o Paraná influenciado o resultado (-0,4%). Nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, ocorreu estabilidade na produção. Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção de novembro foi de 759,4 mil toneladas, redução de 0,5% em relação ao mês anterior. O Distrito Federal informou uma redução de 14,5% em relação a outubro, devendo produzir 22,6 mil toneladas.
MILHO (em grão) - A estimativa da produção do milho foi de 141,6 milhões de toneladas, um recorde da série histórica do IBGE, com crescimento de 23,5% em relação ao volume produzido em 2024. O milho 1ª safra apresentou uma produção de 25,8 milhões de toneladas, declínio de 1,2% em relação a outubro, contudo, crescimento de 12,4% em relação ao volume produzido nessa mesma época em 2024. Houve crescimento na estimativa em todas as Regiões do País: Norte (24,7%), Nordeste (4,4%), Sudeste (4,8%), Sul (21,6%) e Centro-Oeste (5,5%). Os destaques positivos em novembro foram os aumentos das estimativas do Amazonas (90,4%), do Pará (0,4%), do Rio de Janeiro (0,1%), do Maranhão (0,1%) e de Goiás (0,3%). Os destaques negativos foram: Roraima (-3,7%), Piauí (-13,7%), Ceará (-4,9%), Rio Grande do Norte (-4,2%), Paraíba (-63,3%), Pernambuco (-10,8%), Paraná (-0,1%) e Mato Grosso (-22,5%). O Rio Grande do Sul é o maior produtor brasileiro do milho 1ª safra, com participação de 20,6% e uma produção estimada em 5,3 milhões de toneladas, 17,4% maior que o volume produzido no ano anterior. Em Minas Gerais, segundo maior produtor de milho 1ª safra do País, a produção deve alcançar 4,4 milhões de toneladas, aumento de 6,0% em relação ao volume produzido em 2024, com crescimento de 3,4% na área colhida e de 2,6% no rendimento médio.
Quanto à produção do milho 2ª safra, apresentou crescimentos de 0,3% em relação ao mês anterior e de 26,2% em relação ao volume produzido nessa mesma época em 2024, alcançando 115,9 milhões de toneladas, uma estimativa recorde da série histórica do IBGE. Quanto ao ano anterior, houve crescimentos de 7,0% na área a ser colhida e de 18,0% no rendimento médio. O clima beneficiou as lavouras da 2ª safra, havendo maior disponibilidade de chuvas, notadamente na Região Centro-Oeste. O Mato Grosso é o maior produtor brasileiro do milho na 2ª safra, participando com 47,1% do total. A produção deve alcançar 54,6 milhões de toneladas, crescimento de 14,9% em relação ao volume colhido em 2024. O Paraná é o segundo maior produtor brasileiro de milho 2ª safra, participando com 15,2% do total. A produção deve alcançar 17,6 milhões de toneladas, crescimentos de 1,0% em relação a outubro e de 40,5% em relação ao ano anterior. Goiás é o terceiro maior produtor do milho 2ª safra, participando com 12,5% do total nacional. A produção deve alcançar 14,5 milhões de toneladas, aumento de 23,7% em relação ao ano anterior, havendo elevações de 10,7% na área a ser colhida e de 11,7% no rendimento médio. O Mato Grosso do Sul, quarto maior produtor brasileiro de milho 2ª safra, manteve a estimativa do mês anterior, tendo informado 14,0 milhões de toneladas, crescimento de 79,9% em relação ao volume produzido em 2024, quando o Estado enfrentou uma das piores secas dos últimos anos e teve sua produção de milho comprometida.
SOJA (em grão) – A produção nacional da oleaginosa deve alcançar novo recorde na série histórica em 2025, totalizando 166,0 milhões de toneladas, um aumento de 14,5% em comparação à quantidade obtida no ano anterior. Neste levantamento, ocorreram poucas reavaliações em relação ao mês anterior, mantendo a quantidade produzida no Território Nacional estável. As projeções atuais indicam uma safra histórica, impulsionada por condições climáticas favoráveis na maior parte das regiões produtoras do País, e pela expansão da área plantada.
O Mato Grosso, maior produtor nacional da oleaginosa, alcançou a marca de 50,2 milhões de toneladas colhidas no ano, um crescimento anual de 28,2%. O Paraná, com uma produção de 21,4 milhões de toneladas, deve ter o segundo maior volume colhido no ano, o que representou uma recuperação frente à safra anterior, com crescimento de 14,6%, porém ainda atrás do volume recorde colhido no Estado em 2023. Por sua vez, Goiás deve totalizar 20,2 milhões de toneladas, um crescimento anual de 19,1%. O Rio Grande do Sul estimou uma produção de 13,6 milhões de toneladas, o que representou uma redução de 25,2% em relação ao obtido no ano anterior, em função da menor produtividade das lavouras (-28,4%), que foram severamente afetadas pelas condições climáticas adversas constatadas ao longo do período de verão.
SORGO (em grão) – A produção do sorgo alcançou 5,4 milhões de toneladas, crescimento de 3,4% em relação ao mês anterior, com aumentos de 0,4% no rendimento médio e de 2,9% na área colhida. Em termos anuais, a produção do grão elevou-se em 35,4%. A principal informação de novembro foi a do Piauí, que estimou 251,5 mil toneladas, crescimentos de 229,6% em relação a outubro ou 149,8 mil toneladas a mais; e de 147,2% em relação ao volume produzido em 2024, representando 175,2 mil toneladas a mais. A área a ser colhida apresentou crescimento de 129,2% em relação ao mês anterior, enquanto o rendimento médio aumentou 43,8%. No comparativo anual, a área colhida cresceu 97,4% e o rendimento médio aumentou em 25,2%.
Safra brasileira de grãos deve somar 335,7 milhões de toneladas em 2026
A safra brasileira de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas), em 2026, deve somar 335,7 milhões de toneladas, declínio de 3,0% em relação a 2025 ou 10,2 milhões de toneladas. O declínio da produção em relação à safra 2025 deve-se à menor estimativa prevista, principalmente, para o milho (-6,8% ou -9,6 milhões de toneladas, sendo crescimento de 6,4% relativo à 1ª safra e declínio de 9,7% em relação à 2ª safra), para o sorgo (-14,6% ou -787,9 mil toneladas), para o arroz (-8,0% ou -1,0 milhão de toneladas), para o algodão herbáceo – em caroço (-11,6% ou -1,1 milhão de toneladas), para o trigo (-4,0% ou -319,2 mil toneladas) e para o feijão 1ª safra (-3,5% ou -33,6 mil toneladas). Para a soja foi estimado um crescimento na produção de 1,0% ou 1,6 milhão de toneladas.
A área a ser colhida na safra de 2026 é de 82,3 milhões de hectares, crescimento de 0,9% ou 773,3 mil hectares. Quanto à área a ser colhida para os produtos, apresentaram variações positivas: o milho 1ª safra (1,5% ou 336,6 mil hectares, sendo de 4,4% ou 194,1 mil hectares para o milho 1ª safra e de 0,8% ou 142,5 mil hectares para o milho 2ª safra e a soja (0,0% ou 5,8 mil hectares). Apresentaram variação negativa: o algodão herbáceo – em caroço (-6,5% ou -139,6 mil hectares), o arroz (-3,6% ou -62,0 mil hectares) e o feijão 1ª safra (-3,8% ou -43,8 mil hectares).
Houve aumentos nas estimativas da área a ser colhida no Mato Grosso (3,3%), no Rio Grande do Sul (1,7%), no Tocantins (1,9%), no Pará (6,4%) e em Rondônia (2,4%). Apresentaram quedas: Goiás (-0,4%), Mato Grosso do Sul (-1,1%), Minas Gerais (-0,3%), Bahia (-3,5%), São Paulo (-1,3%), Maranhão (-0,2%), Piauí (-3,1%), Santa Catarina (-0,4%) e Ceará (-0,3%).
ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A estimativa para a produção de algodão herbáceo (em caroço) é de 8,7 milhões de toneladas, declínio de 6,5% em relação ao primeiro prognóstico, devido à menor área cultivada com a cultura que deve atingir 2,0 milhões de hectares, redução de 5,0%. Em relação a 2025, a queda nas estimativas chega a 11,6%, com recuos de 6,5% na área plantada e de 5,5% na produtividade.
Os três últimos ciclos da cultura foram recordes de produção: em 2023, com clima bem favorável ao desenvolvimento da lavoura e, em 2024, aumento da área plantada em 16,1%, incentivada pelos preços do produto que apresentaram uma boa rentabilidade. Em 2025, houve aumento de área e de produtividade, resultado de um clima mais benéfico às lavouras e preços compensadores durante a época de plantio da safra, que motivou os produtores a ampliarem as áreas. Essas produções recordes aumentaram a oferta e pressionaram os preços que retraíram, não incentivando os produtores a aumentarem a área a ser plantada para 2026.
ARROZ (em casca) – A estimativa para a produção de arroz é de 11,6 milhões de toneladas, declínios de 1,5% em relação a estimativa do 1º prognóstico e de 8,0% em relação a 2025, com quedas de 3,9% na área plantada e de 4,6% no rendimento médio. Os preços e a rentabilidade da cultura encontram-se em patamares baixos para o produtor, o que não deve incentivar o aumento da área e os investimentos nas lavouras. No Rio Grande do Sul, a produção estimada foi de 7,9 milhões de toneladas, uma redução de 2,3% em relação ao 1º prognóstico e de 9,2% em relação a 2025, com quedas de 3,7% na área plantada e 5,8% no rendimento médio. O Estado deve ser responsável por cerca de 68,3% da produção nacional, com suas lavouras irrigadas e associadas à alta tecnologia e manejo adequado, permitindo alcançar elevadas produtividades.
FEIJÃO (em grão) - O segundo prognóstico para a produção de feijão para 2026, considerando-se as três safras, é de 3,0 milhões de toneladas, redução de 0,2% em relação à safra colhida em 2025. A 1ª safra deve produzir 924,7 mil toneladas; a 2ª safra, 1,3 milhão de toneladas e a 3ª safra, 784,7 mil toneladas. Apesar da redução frente a 2025, essa produção provavelmente deve atender, em princípio, ao consumo brasileiro em 2026, não havendo a necessidade da importação do produto.
A área a ser colhida na safra de verão (1ª safra) deve alcançar 1,1 milhão de hectares, redução de 3,8% em relação a 2025, enquanto a estimativa para o rendimento médio, de 833 kg/ha, apresentou crescimento de 0,4%. Em relação ao 1º Prognóstico (outubro), a estimativa apresentou declínio de 0,6%, com a área a ser colhida retraindo 0,9% e o rendimento médio aumentando 0,2%.
A área a ser colhida na 2ª safra do feijão deve alcançar 1,1 milhão de hectares, aumento de 0,8% em relação ao mesmo período em 2025. A estimativa da produção aumentou 0,3% em relação ao 1º Prognóstico (outubro) e de 0,2% em relação ao volume produzido na mesma safra de 2025.
Para a 3ª safra, a área de plantio deve alcançar 282,2 mil hectares, declínio de 0,2% em relação a 2025. A produção deve crescer 3,3%, influenciada pelo rendimento médio, 3,6% maior. Os maiores produtores brasileiros do feijão, nessa época, são: Goiás, com 256,3 mil toneladas; Minas Gerais, com 177,2 mil toneladas; Mato Grosso, com 176,3 mil toneladas; e São Paulo, com 142,1 mil toneladas.
MILHO (em grão) – A estimativa para a produção de milho para 2026 é de 132,1 milhões de toneladas, declínio de 6,8% ou menos 9,6 milhões de toneladas em relação à safra colhida em 2025. As informações de campo, baseadas na intenção de plantio ou plantio propriamente dito alcançam 78,3%, enquanto as projeções realizadas por cálculo de médias dos últimos cinco anos, eliminando-se os extremos,
representaram 21,7%.
Para a 1ª safra, foi estimada uma produção de 27,4 milhões de toneladas, aumento de 4,2% em relação ao 1º Prognóstico (outubro) e de 6,4% em relação ao volume produzido na safra em 2025. Ocorreram condições climáticas favoráveis para a produção do milho em 2025. Para a nova safra de 2026, aguarda-se um aumento de 3,7% na área plantada. Até o presente momento, não se tem notícias de restrições de chuvas nas principais Unidades da Federação produtoras do cereal, o que também reforça a possibilidade do aumento da produção do milho na safra de verão corrente.
Para o milho 2ª safra, a estimativa da produção é de 104,6 milhões de toneladas, aumento de 2,4% em relação a outubro (1º Prognóstico) e declínio de 9,7% em relação a 2025, havendo uma redução de 10,4% para o rendimento médio. Como a safra 2025 foi favorecida pelo clima durante o período de 2ª safra, a base de comparação da safra anterior é relativamente forte, de tal forma que, não se espera, para 2026, que o clima se comporte tão favoravelmente.
SOJA (em grão) – A segunda estimativa de produção para 2026 trouxe um reajuste mensal de -0,1% no volume total colhido, em virtude da expectativa de queda de 0,2% na área colhida. Com um prognóstico de 76,1% dos dados levantados em campo, o levantamento do mês de novembro indica que a produção de soja deve ter aumento de 1,0% em relação a 2025, totalizando 167,6 milhões de toneladas, o que caracterizaria novo recorde na produção nacional da leguminosa, superando a produção registrada no ano anterior. O crescimento na produção deve se dar, principalmente, em virtude do incremento esperado de 0,9% no rendimento médio, totalizando 3 513 kg/ha.
SORGO (em grão) - O segundo prognóstico para a safra 2026 para o sorgo é de 4,6 milhões de toneladas, declínios de 0,2% em relação a outubro (1º Prognóstico) e de 14,6% em relação ao volume produzido em 2025. O clima em 2025 beneficiou as lavouras de sorgo, principalmente durante a 2ª safra, época em que é mais cultivado o cereal, havendo, inclusive, em alguns estados produtores, prolongamento do período de chuvas, acrescentando importante aumento na produtividade das lavouras. A produção de sorgo deve corresponder a 1,4% do total nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas, distribuída por 1,5 milhão de hectares.
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SC: Câmara Setorial de Grãos discute impactos do clima na safra de milho
Em novembro, IBGE prevê safra de 345,9 milhões de toneladas para 2025 e de 335,7 milhões de toneladas para 2026
Conab: Produção de grãos na safra 2025/26 está estimada em 354,4 milhões de toneladas
Arroz/Cepea: Demanda esboça reação, mas preço segue em queda
Planície Costeira Externa é a primeira região a finalizar semeadura de arroz no Rio Grande do Sul
Anec eleva projeção de exportação de grãos do Brasil em dezembro e vê soja dobrando ante 2024