Governo federal discute saídas para crise do setor arrozeiro

Publicado em 06/07/2011 08:51
Procurando uma saída para a crise no setor arrozeiro, o governo federal pretende tirar 3,6 milhões de toneladas de arroz do mercado brasileiro usando o grão como alimentação de animais. Essa entre outras ações foram debatidas nesta terça, dia 5, na Superintendência da Agricultura do Rio Grande do Sul.

Uma série de recursos foi anunciada pelo governo federal. A intenção é facilitar o escoamento do produto que teve um acúmulo de 14 milhões de toneladas este ano.

– Nós reforçamos os volumes de Prêmios para Escoamento da Produção e de contrato de opção para venda ao governo. Compra de estoque para o governo e o subsídio na liquidação dos financiamentos da agricultura familiar dá um conjunto de aproximadamente R$ 1,1 bilhão de recursos oficiais que serão usados pra sustentar preços do arroz. São medidas enfoques que a nosso ver vão propiciar uma reversão do quadro nos próximos 60 dias – observa o secretário nacional de Política Agrícola, José Carlos Vaz.

Com uma safra recorde no Mercosul, os preços do produto no mercado interno caíram mais de 30% em relação a 2010. A expectativa do governo com as medidas é fazer com que o preço do arroz volte a reagir.

– Nós estamos otimistas em relação às medidas do governo aos diferentes mecanismos que foram lançados de PEP, AGF, compra com opção de renda que representam quase cinco milhões de toneladas – relata o secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (RS), Cláudio Fioreze.

Aliado a essas medidas, estão em estudo o uso do arroz como ração para os animais no lugar do milho, além da desoneração tributária. De acordo com o secretário adjunto, o Estado gaúcho perde em média R$ 80 milhões em ICMS por trazer milho de outros Estados. São 1,5 milhão de toneladas.

– O que nós estamos buscando, uma equação técnica e tributária pra viabilizar o uso do arroz na alimentação de suínos, aves e também de outras espécies, se for o caso. Do ponto de vista técnico nutricional já existem pesquisas que mostram a viabilidade do uso, a questão e buscar uma equação econômica tributária que permita a competitividade para o uso do arroz – ressalta Fioreze.

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Fonte: Canal Rural

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