Excesso de chuva paralisa a colheita do feijão no Paraná

Publicado em 07/07/2011 07:27
Não é só a geada que está causando problema aos agricultores. As vagens estão com mofo, tem grão azulando e alguns brotaram no chão.
Pelas marcas no meio da lavoura é possível ver que a colheita havia começado, mas teve de ser interrompida. A chuva mudou os planos e o orçamento do agricultor Genoário Iurckevi. O feijão preto que estava vendido, pronto para ser entregue, agora está estragando no pé. As vagens mofaram, tem grão azulando e alguns já brotam no chão.

Com a variedade carioca, a situação é ainda pior. A umidade tira a cor do grão e fica quase impossível encontrar quem queria comprar o cereal.

Depois da chuva o sol apareceu, o problema é que encoberto, não é suficiente para enxugar a lavoura e com tanto barro e água empoçada, a colheitadeira não consegue trabalhar.

Dionísio Stadnik sabe o que isso significa. A cada dia que passa o feijão dele desvaloriza mais. O agricultor ainda tem 60 hectares para colher, mas o lucro já foi embora. Se tudo correr bem e não chover mais, pode ser que ele venda a saca do carioca por R$ 50, R$ 30 a menos do que esperava.

Em uma cerealista há 10 dias não chega uma carga do grão. Os agricultores não conseguem colher e o pouco que chega, não tem qualidade para o mercado.

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Fonte: Globo Rural

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