RS: Produtividade média do trigo aumenta em mais de 15%

Publicado em 27/10/2011 16:39
A Emater/RS-Ascar reavaliou a produtividade média do trigo nas diversas regiões produtoras, assim como a produção total a ser colhida no Estado. Segundo o acompanhamento quinzenal sobre as condições das lavouras, a produtividade média em âmbito estadual passa de 2.186 kg/ha esperados inicialmente para 2.524 kg/ha (+15,41%), projetando uma colheita total de 2,187 milhões de toneladas. Um aumento de 18,47% em relação à produção inicialmente prevista em 1,846 milhão de toneladas.

Apesar de o rendimento médio não alcançar o rendimento do ano passado, que foi de 2.681 kg/ha, a atual produção poderá ser 2,56% maior que a safra de 2010, quando foram colhidas 2,133 milhões de toneladas, segundo o IBGE. O aumento da produção em relação ao ano passado se deve, basicamente, pela área plantada nesta safra, que foi 8,94% maior que anterior, uma vez que foi reavaliada para um total de 866,8 mil hectares. O levantamento contou com informações de 242 escritórios municipais, que representam 87% do universo cultivado este ano e expressa a situação observada entre os dias 8 e 23 de outubro.

O tempo seco e ensolarado transcorrido na maior parte do período proporcionou ótimas condições para a fase final de formação do grão de trigo (34% das lavouras), a maturação do cereal (38% das lavouras) e principalmente para a colheita no Estado, que avançou 15 pontos percentuais nesta última semana, atingindo 25% do total da área plantada nesta safra. A qualidade do grão colhido até o momento é considerada boa, tendo na sua maioria peso de hectolitro acima de 79.

Grãos de verão
O clima também favoreceu os grãos de verão. O plantio da safra 2012 de arroz teve impulso de 11 pontos percentuais na área semeada durante esta última semana. Mesmo assim, a atual safra está bastante atrasada se comparada com a anterior. Chama a atenção que, em algumas áreas mais frias como a Campanha, a germinação está mais lenta devido às baixas temperaturas, o que vem causando um desenvolvimento inicial desuniforme em algumas lavouras.

O plantio da lavoura de feijão no Estado ultrapassou os 70% da área inicialmente prevista, que é de cerca de 69 mil hectares. E a semeadura do milho atingiu 63% da área prevista durante o último período, colocando a atual safra à frente da média verificada nos últimos anos.

A semeadura da soja também avançou, uma vez que muitos agricultores com áreas maiores estão aproveitando a logística da colheita do trigo e efetuando a semeadura da oleaginosa. Nas demais áreas, de pequenas a médias propriedades, esse processo deverá ser intensificado a partir da próxima semana. Historicamente, até o final de outubro o Estado deverá atingir entre 12% e 15% de área semeada.

Hortigranjeiros
A cultura do alho vem se comportando muito bem na Região da Serra. As lavouras estão em plena diferenciação da coroa e formação dos bulbilhos (dentes). Os agricultores estão realizando os tratos culturais como tratamentos foliares preventivos, adubação de cobertura e controle químico das ervas espontâneas.

Nos pomares de caqui da Região Serrana, a brotação encontra-se exuberante, vigorosa e isenta de problemas fitossanitários. A cultura vem demonstrando alto número de botões florais. Esse fator se comparte de maneira antagônica, pois, se por um lado projeta alta produção; por outro, exigirá grande mobilização e investimento em mão de obra para efetivação do raleio das frutas.

Segue firme a colheita das variedades precoces de pêssegos nos pomares da Serra, com frutos de bom aspecto e calibre. As plantas se mantêm com boa sanidade e livres de ataque de pragas. Encaminha-se para a conclusão do raleio nas cultivares mais tardios. A comercialização segue firme e as cotações são atraentes. Os preços encontram-se entre R$ 1,50/kg e R$ 2,50/kg.

Criações
O estado sanitário do rebanho é bom. O desenvolvimento corporal dos animais é muito bom, devido às condições dos campos e das pastagens. No mês de novembro, terá início o período de vacinação do rebanho, que inicialmente contempla a categoria dos animais mais jovens com até dois anos de idade. No momento está ocorrendo boa oferta de animais de reposição, principalmente de terneiros e terneiras com preços que variam entre R$ 3,50 a R$ 3,60/kg vivo.

Nesta última semana, apesar das chuvas excessivas em algumas regiões produtoras de mel do Estado, com temperaturas que variaram de médias a altas, o clima favoreceu o trabalho das abelhas e caracterizou o período como bom para o desenvolvimento da apicultura. As colmeias apresentam grande atividade de abelhas e enxames populosos, com boa postura e bom desenvolvimento de favos, dando continuidade na última semana à atividade de enxameação. Os apicultores continuam executando as práticas de limpeza das colmeias, a troca de favos velhos por cera alveolada, a retirada dos redutores de alvado, o controle de enxameação e a inclusão de melgueiras. Estão em floração diversas espécies nativas, dentre elas a guabiroba e o araticum. Alguns apicultores já realizaram as primeiras colheitas de mel. O preço tem variado entre R$ 7,00 e R$ 10,00/kg na comercialização direta ao consumidor e entre R$ 4,00 e R$ 6,00/kg no atacado.

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Fonte: Emater

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