Hortifruti: Com flexibilização, bares e restaurantes retomam fôlego

Publicado em 22/09/2020 16:46

Com a flexibilização do comércio e de serviços não essenciais, devido à retomada gradual da economia em diversos estados brasileiros, o faturamento nominal de bares e restaurantes registrou, na parcial de setembro (1° a 12/09), o melhor desempenho desde o início da pandemia de covid-19. Conforme dados do ICVA (Índice Cielo do Varejo Ampliado), da Cielo, o segmento alcançou 65% do faturamento observado antes da quarentena (na comparação com os dias equivalentes em fevereiro/20) – enquanto, em abril, chegava a apenas 35%.

Vale lembrar que, dentro do setor de serviços, bares e restaurantes estão entre os estabelecimentos mais impactados pela pandemia, com quedas expressivas no faturamento desde o fim de março – quando as medidas de isolamento social permitiam apenas o funcionamento de serviços delivery ou para retirada no balcão. Agora, apesar da manutenção do menor faturamento frente ao cenário habitual, a queda é a menor desde março de 2020.

A abertura parcial de bares e restaurantes está autorizada na maioria das regiões brasileiras, seguindo-se as devidas recomendações de autoridades sanitárias, regras de segurança e restrições de horário. Este cenário, por sua vez, beneficia o mercado de hortifrúti (especialmente as hortaliças), que tem o food service como um importante canal de escoamento (como os HFs de menor padrão, por exemplo), já que, no segundo semestre, a oferta de alguns deles, como batata, cenoura e cebola, tradicionalmente se eleva.

Além disso, a maior flexibilidade da mobilidade da população também beneficia a demanda, especialmente das frutas e hortaliças mais perecíveis, cujo escoamento se reduziu durante as fases mais restritivas da quarentena (devido à diminuição das idas às compras). Mas, por outro lado, uma parcela da população mantém o distanciamento social e não deve mudar seus hábitos até que a pandemia, de fato, cesse – saiba mais na edição de agosto da revista Hortifruti Brasil. Assim, as refeições no lar devem continuar fazendo parte da rotina deste grupo de pessoas – o que também interfere no consumo no food service.

Fonte: Cepea/Hortifruti

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