Melão: Europa segue como principal destino da safra 2020/21

Publicado em 23/09/2020 15:53

As exportações brasileiras de melão da nova campanha (2020/21) se iniciaram em agosto, com desempenho positivo. No período, os embarques totais corresponderam a quase 5 mil toneladas da fruta, quantidade 6% superior à do mesmo mês do ano passado, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Já a receita avançou 8% na mesma comparação, somando US$ 3,3 milhões (FOB).

Segundo exportadores consultados pelo Hortifruti/Cepea, o ocorrido se deve à baixa oferta da Europa, principal destino do melão brasileiro, que favoreceu o fechamento de contratos com os importadores – mesmo que de forma tardia. Destaca-se que a safra espanhola enfrentou problemas de produção relacionados ao clima e à pandemia da covid-19 neste ano, como a falta de mão de obra.

Para os próximos meses, apesar de ainda persistir a cautela em relação à pandemia, melonicultores brasileiros estão otimistas quanto à safra 2020/21. Isto porque, além da baixa oferta europeia, as chuvas ocorridas no Rio Grande do Norte/Ceará devem favorecer a produtividade e a qualidade dos melões, e o dólar valorizado frente ao Real – apesar de aumentar os custos de produção – pode contribuir para o retorno da atividade.

CHINA – Em setembro, ocorreu o primeiro embarque comercial de melão brasileiro à China, após a assinatura do acordo bilateral firmado no fim do ano passado, segundo notícias veiculadas pela mídia. Vale destacar que a abertura desse mercado foi importante, mas ainda deve ser desbravado aos poucos, em decorrência das dificuldades logísticas, segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea.

Por enquanto, o envio contou com variedades tradicionais já conhecidas no Brasil e se deu pela modalidade aérea. Porém, esse tipo de transporte é mais caro frente ao marítimo e não permite o embarque de grandes volumes. Assim, agentes relataram que continuam analisando as demais possibilidades de fretes, considerando-se as longas distâncias e também os valores, bem como as possibilidades de investimentos em novas variedades.

Fonte: Cepea/Hortifruti

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