Tomate/Cepea: Clima úmido reduz produtividade em Reserva (PR)

Publicado em 28/11/2025 08:50

Os primeiros transplantios da safra de verão 25/26 ocorreram entre julho e setembro em Reserva (PR). O clima esteve favorável ao desenvolvimento dos tomateiros, uma vez que a umidade foi baixa ao longo do período, e as temperaturas estiveram amenas, condições que permitiram menor proliferação de pragas (como mosca-branca, mosca-minadora, tripes e traça) e de patógenos em campo. As colheitas foram iniciadas em outubro, e o aumento no volume de chuvas elevou a incidência de doenças fúngicas e bacterianas, principalmente a Mancha de Stemphylium, o cancro-bacteriano, a murcha-bacteriana e a murcha de Verticillium, que prejudicam o desenvolvimento, a produtividade e a qualidade dos frutos. A mancha de Stemphylium, decorrente do clima frio e úmido, provoca manchas nas folhas e impede a absorção de nutrientes da planta. Colaboradores consultados pelo Hortifrúti/Cepea indicam que o número de brotos na planta afetada diminui, impedindo que ela se desenvolva da melhor forma, resultando em menos frutos e menor potencial produtivo. Apesar do aumento no volume de chuvas, que também causa acidez e manchas nos tomates (o que prejudica a comercialização), as temperaturas permanecem amenas, permitindo um ritmo de maturação controlado. Na safra 25/26, aproximadamente 10% da área cultivada nesta praça paranaense está enfrentando esses problemas de forma mais severa, fazendo com que a produtividade esteja em torno de 250 cxs/mil plantas. Nas demais áreas da região, onde produtores conseguiram ter maior controle das doenças e patógenos, a produtividade média está em torno de 350 cxs/mil plantas. Colaboradores estimam que de 30% a 35% da safra já tenha sido ofertada, com previsão de intensificação das colheitas entre esta e a próxima semana. A segunda parte dos transplantios ocorre de dezembro a fevereiro nesta região, e, assim, a colheita deve seguir até maio de 2026. 

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