Novos investimentos permitirão aumentar a movimentação de cargas em Paranaguá

Publicado em 19/02/2013 16:55
Das 25 áreas anunciadas pela SEP para arrendamento em Paranaguá, 11 correspondem a arrendamentos vencidos ou a vencer e 14 de novas áreas
O plano de arrendamento divulgado nesta segunda-feira (18), pelo Governo Federal, prevê a concessão de áreas novas e já existentes no Porto de Paranaguá que permitirão aumentar ainda mais a movimentação de cargas pelo terminal. Das 25 áreas anunciadas pelo governo federal para novas concessões em Paranaguá, 11 correspondem a arrendamentos vencidos ou a vencer e 14 são correspondentes a áreas novas.

Os contratos vencidos são: Bunge (2 contratos), Cargill (3 contratos), Centro Sul, União Vopak e Volkswagen. As demais novas áreas anunciadas seriam destinadas a diferentes finalidades: carga geral, granéis sólidos importação e exportação, veículos, área de apoio náutico e terminal de passageiros.  

“O Plano do Governo Federal teve origem no PDZPO elaborado pela Appa. Independentemente do rumo que tomará o novo marco legal, na forma da lei, estaremos trabalhando no sentido de atender agricultores, indústria e o comércio que são os que geram as riquezas deste país”, afirma Dividino.

Em novembro do ano passado, a Appa protocolou junto à Antaq um Plano de Arrendamento que listava 20 novas áreas a serem arrendadas. O plano foi elaborado em consonância com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado (PDZPO), e seguiu as premissas estabelecidas pela SEP e ANTAQ.

Trata-se do levantamento e cadastro das áreas suscetíveis de arrendamento para novos empreendimentos, bem como o detalhamento dos contratos vigentes, dentre os quais foram levantados os contratos com vencimento nos próximos 05 anos, que , no que couber, deverão ser licitados para novos arrendatários.

A lista da SEP elenca 25 áreas. Dividino explica que o volume de áreas estimadas suscetíveis a arrendamento é diferente porque a Appa estabeleceu um cronograma de implantações para os próximos cinco anos e retirou as áreas com incertezas ambientais, ou seja, áreas que poderiam ser restringidas pelo meio ambiente tendo em vista o entorno do Porto de Paranaguá.

“Com a mudança do marco regulatório, as novas áreas a serem arrendadas ou licitadas serão ofertadas ao mercado pelo sistema de leilão. Quem apresentar maior movimentação e menor preço vai ganhar. Com isso, acredito que empresas regionais também tenham chance de fechar negócios em Paranaguá, como cooperativas e empresas de menor porte. O que importa é que estamos alinhados a esta nova estruturação apresentada pelo governo federal e, por termos nos preparados, o governo federal poderá se utilizar dos projetos elaborados”, afirma Dividino.

O cronograma de realização das licitações está em discussão na SEP, sendo que a expectativa é que todos editais sejam publicados até o segundo semestre de 2013. Os valores de investimento para todos os empreendimentos só poderão ser definidos após a elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs), dos quais a Appa já elaborou 16. Estima-se para todo o conjunto de 159 arrendamentos anunciados pelo Governo Federal, um investimento total da ordem de R$ 16,7 bilhões.
Fonte: Asscom Appa

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Com crescimento de mais de 4%, portos do Nordeste movimentaram 7,7 milhões de toneladas em outubro
Governo lança linha de crédito de R$6 bi para renovar frota de caminhões no país
Ministério de Portos diz que acatará recomendação do TCU para leilão restritivo em Santos
Novo sistema de fiscalização da ANTT gera incerteza ao setor de logística
Preço do frete volta a aumentar em novembro após três meses consecutivos de queda, diz Edenred Repom
Maersk vai testar mistura de 50% de etanol em combustível marítimo