Preço do frete volta a aumentar em novembro após três meses consecutivos de queda, diz Edenred Repom
De acordo com dados da última análise do Índice de Frete Rodoviário da Edenred (IFR), com base em dados exclusivos da plataforma Repom, o preço médio do frete por quilômetro rodado no país registrou alta de 1,11% em novembro na comparação com o mês anterior. O valor médio nacional passou de R$ 7,23 em outubro para R$ 7,31 em novembro, interrompendo, assim, uma sequência de três meses em queda.
O movimento de alta é reflexo de um conjunto de variáveis econômicas que voltaram a pressionar os custos do transporte. O preço do diesel, principal insumo do setor, apresentou um discreto avanço no mês. De acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o diesel S-10 ficou 0,16% mais caro em novembro, atingindo média de R$ 6,22, enquanto o diesel comum manteve o valor de R$ 6,19 registrado em outubro. Mesmo discretas, essas variações costumam repercutir rapidamente na formação do frete.
Outro fator que contribuiu para a alta foi o ambiente macroeconômico. A taxa básica de juros (Selic) permanece no maior patamar em 19 anos, o que encarece o acesso a crédito, aumenta os custos financeiros da operação e diminui a margem de manobra das transportadoras. No agronegócio, a estratégia adotada por parte dos produtores de reter estoques de soja para comercialização no segundo semestre incrementou o volume de cargas em circulação, sustentando a demanda por fretes e pressionando preços em algumas rotas.
O período da Black Friday também exerceu influência sobre o mercado. A data, marcada por forte movimento no varejo, acelerou a demanda por fretes em algumas indústrias, especialmente no setor de bens de consumo e eletroeletrônicos, contribuindo para o aumento do volume de cargas e pressionando os preços em determinadas rotas.
Apesar da variação positiva no mês, o cenário segue de relativa estabilidade para o fim do ano, com ajustes pontuais. “A alta do frete por quilômetro rodado observada em novembro é resultado de fatores conjunturais, como o leve aumento do diesel e a dinâmica do agronegócio neste período. Ainda assim, o mercado permanece equilibrado, sem grandes saltos de demanda ou custos. A expectativa é de estabilidade na virada para 2026”, analisa Vinicios Fernandes, Diretor da Edenred Frete.
O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição é levantada com base nos dados exclusivos das 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom. A marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, há 30 anos é especializada na gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga e líder no segmento de pagamento de frete e vale-pedágio.
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