Demanda por transporte rodoviário de cargas no Brasil tem melhora semanal, diz pesquisa

Publicado em 02/06/2020 14:09 e atualizado em 02/06/2020 14:55

A demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil terminou a última semana com queda de 39,7% em relação aos níveis anteriores à pandemia de coronavírus, uma melhora de cerca de 1,6 ponto percentual ante a semana anterior, indicou pesquisa da NTC&Logística nesta terça-feira.

De acordo com o levantamento da associação de empresas do setor, que verifica os níveis de demanda desde meados de março, quando os impactos econômicos da pandemia começaram a se acentuar, esse é o melhor resultado desde a semana encerrada em 5 de abril --à ocasião, havia queda de 38,7%.

O pior momento da demanda ocorreu na semana de 13 a 19 de abril, quando a sondagem atingiu recuo de 45,2%. Após uma recuperação, nas duas semanas anteriores à pesquisa atual o nível da queda havia permanecido em torno de 41%.

Na contabilização mensal, maio terminou com melhora de cerca de 3 pontos percentuais em relação a abril, apresentando queda de 40,77% na demanda, segundo a NTC&Logística.

Na última semana, houve ainda uma leve melhora no percentual de empresas que tiveram queda no faturamento desde o início da crise sanitária, que agora figura em 93%. Ainda assim, é o segundo maior nível visto até o momento, perdendo apenas para os 94% registrados na semana anterior.

Para cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, a sondagem mostrou uma melhora de 2,7 pontos na comparação semanal, com a queda alcançando 38,65%. Entre o setor menos afetado está o de supermercados (-25%), enquanto o mais atingido é o de shoppings centers (-64,64%).

Já para cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos e são utilizadas principalmente nas áreas industriais e agrícolas, a retração chegou a 40,25%, melhora de 1 ponto em relação à semana anterior. Nesse quesito, supermercados (-12,75%) voltam a apresentar um dos melhores desempenhos.

O agronegócio, que vinha sendo um dos segmentos menos afetados, aprofundou a queda para 32,36% e já perde em demanda para parte dos segmentos industriais, bem como para o setor de combustíveis. O pior desempenho, porém, é o da indústria automobilística, com recuo de 56,10% no período.

Fonte: Reuters

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