Portos receberão investimentos nos próximos 4 anos

Publicado em 20/04/2010 12:00

Pouco mais de R$ 9 bilhões serão investidos em novos portos no Brasil nos próximos 4 anos. A conta é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e deverá integrar o mapeamento de investimentos em infraestrutura que a instituição está revisando. O banco projeta crescimento de mais de 200% nos investimentos do setor até 2013, com a inversão de quase R$ 15 bilhões. Com a retomada das exportações, o BNDES quer aumentar a concessão de financiamentos para o setor, cuja carteira não é tão expressiva quanto para outros segmentos de logística, como o de ferrovias. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Segundo o gerente do Departamento de Transporte e Logística da Área de Infraestrutura do BNDES, Dalmo Marchetti, 64% dos chamados investimentos firmes mapeados pelo banco deverão ser destinados à ampliação do atual parque portuário brasileiro. Em 2009, os portos brasileiros - que opera no limite de sua capacidade - movimentaram quase 733 milhões de toneladas de mercadorias. As mudanças no marco regulatório do setor serão os principais desencadeadores dos investimentos.

No final de 2008, o decreto 6.620 abriu a possibilidade de o país ter portos públicos (que movimentam cargas diversas) sob a administração do setor privado. Atualmente, as companhias docas estaduais monopolizam esse papel. Elas podem apenas arrendar terminais para operadores privados. Com o fim de um estudo da Secretaria Especial de Portos, o governo deverá licitar áreas onde investidores poderão erguer novos portos.

Para Marchetti, os leilões deverão atrair investimentos e poderão superar dificuldades estruturais das companhias docas, cuja capacidade de investimento é limitada por grandes passivos ambientais e trabalhistas.

"A ideia (do governo) é fortalecer as companhias docas na sua autossustentação. Mas esse é um processo que ainda não está bem amarrado. Hoje, as companhias docas são empresas dependentes da União", diz o gerente Dalmo Marchetti.

Outro caminho que tem sido incentivado pelo governo é a criação de portos privativos, destinados ao escoamento de carga própria, que poderão integrar cargas de terceiros a uma pequena parcela de seu movimento.

 
Fonte: Gazeta Digital

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