Brasil pode suprir 50% do mercado russo de lácteos

Publicado em 08/07/2015 15:55

Em dois ou três anos, o Brasil terá condições de suprir 50% do mercado russo de lácteos, incluindo leite em pó, queijo e manteiga, disse nesta quarta-feira (8) a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), durante audioconferência, direto de Moscou. Ela participa de missão oficial à Rússia para estreitar a cooperação e o comércio entre os dois países no setor do agronegócio. “Temos competitividade [para atender a demanda do mercado russo por leite], e as indústrias brasileiras estão preparadas”.

Esta é a primeira vez que o Brasil vai exportar leite em pó para a Rússia. Segundo a ministra, 11 empresas brasileiras receberam autorização do Ministério da Agricultura da Rússia para exportar o produto. Mais 11 novas empresas de lácteos também estão aguardando a liberação para exportar para aquele mercado.

A Rússia importa anualmente 630 mil toneladas de leite em pó, o equivalente a US$ 1,2 bilhão. “O interesse russo é com a diversificação do mercado, um número maior de empresas de porte médio e regionais. Hoje, as indústrias estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste”, disse a ministra.

De acordo com Kátia Abreu, “a autorização automática (prelisting) do governo russo significa que temos um sistema de defesa agropecuário confiável e sólido”.

Carnes
No encontro com o ministro da Agricultura russo, Alexander Tkachev, Kátia Abreu também falou sobre as carnes brasileiras. "Somos grandes exportadores de carnes para a Rússia. Disse a ele que esperamos que não haja oscilação nas vendas e que as exportações ganhem fluxo. As empresas estão fazendo investimentos para atender essa demanda."

A ministra afirmou ainda que, nas próximas semanas, “teremos tudo finalizado para Brasil importar trigo e pescados da Rússia". "Não vamos permitir, no entanto, que essa importação reduza a produção no país", acrescentou.

Logística
Na audioconferência, Kátia Abreu mencionou ainda o Plano de Investimentos em Logística, anunciado recentemente pelo governo federal. Segundo a ministra, o Japão mostrou maior interesse no plano, que prevê recursos de R$ 198,4 bilhões.

“China e Cingapura também mostraram interesse em investir em infraestrutura no Brasil", assinalou. Ela disse ainda que o Japão criou um grupo de especialistas para trabalhar a exportação de serviços em logística para o Brasil.

Fonte: Mapa

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Medida provisória libera R$ 60,46 mi para combate a incêndios e desmatamento
Parlamento da UE aprova acordo que atrasa de um ano na lei de antidesmatamento
CNA apresenta potencial do agro para energias renováveis
PRO Carbono lidera soluções de agricultura regenerativa na América Latina e acelera a descarbonização do campo à indústria
Com relatoria de Afonso Hamm, Comissão aprova projeto que libera reservatórios de irrigação em áreas de preservação permanente
Dia Mundial do Solo: setor produtivo garante preservação do solo com adoção de práticas sustentáveis