Maggi pedirá na COP22 compensação à agricultura por cumprimento de regras ambientais

Publicado em 15/11/2016 11:41 e atualizado em 15/11/2016 12:48

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pedirá compensação para a agropecuária brasileira pelos cuidados ambientais na COP22, que ocorre em Marrakech, no Marrocos. A postura mais firme será adotada pelo ministro Blairo Maggi em defesa para que os produtos agrícolas do país tenham preferência no mercado global, uma vez que os produtores cumprem rigorosas regras ambientais.

Hoje, o Brasil conta com 61% de suas matas nativas preservadas e é responsável por 14% da água doce do planeta. Além disso, adota práticas preservacionistas no cultivo de soja e trigo, por exemplo.

A Conferência do Clima das Nações Unidas (COP22) no Marrocos teve início no dia 07 de novembro e segue até o dia 18. O ministro Blairo Maggi, de acordo com o Mapa, irá participar no dia 17 do painel "O papel do Brasil, da agricultura e da silvicultura no Acordo de Paris".

Recentemente na reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), onde encontraram-se ministros da Agricultura do Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, Blairo Maggi aconselhou os ministros a se unirem e cobrar a preferência de seus produtos no mercado global de alimento como forma de recompensa por ações ambientais. 

Leia a notícia na íntegra no site Olhar Direto.

Na Folha: Clima e agricultura sustentável

Na coluna Tendência e Debates, por José Sarney Filho e Blairo Maggi

Representamos o Brasil na 22ª edição da Conferência do Clima (COP 22), que ocorre de 7/11 a 18/11 em Marrakech (Marrocos), incumbidos de uma dupla missão: renovar o compromisso com a efetiva implementação do Acordo de Paris e demonstrar à comunidade internacional as oportunidades de investimentos, cooperação e negócios no Brasil.

As portas do país estão abertas a todos aqueles que quiserem se unir aos nossos esforços na construção de um projeto de desenvolvimento sustentável norteado por uma economia de baixo carbono.

Trouxemos a Marrakech exemplos concretos das tarefas que o Brasil vem cumprindo no combate à mudança do clima. O mundo inteiro pode enxergar o papel decisivo do nosso país como um líder no cumprimento das metas assumidas.

Embora respondamos por apenas 2,48% das emissões globais de carbono, a dimensão dos recursos naturais, o dinamismo da agropecuária e a importância da economia do país no cenário mundial fazem com que nossas ações tenham peso e reflexo nas negociações internacionais.

O Brasil foi uma das primeiras grandes economias a ratificar o Acordo de Paris, após rápida tramitação no Congresso Nacional, sem que tenha havido qualquer questionamento sobre seus termos.

Essa conquista deveu-se ao grande consenso que se verifica na sociedade brasileira, à maturidade que atingimos na compreensão do impacto da mudança do clima.

O Acordo de Paris fortalece a reorientação do projeto brasileiro de desenvolvimento, rumo à sustentabilidade, ao combate à pobreza, ao fortalecimento da economia rural e florestal e à criação de um modelo de baixas emissões.

Dessa maneira, iremos disseminar uma cultura de respeito e integração ao meio ambiente, evidenciar as vantagens comparativas da nossa agricultura e dinamizar a economia, o que irá gerar empregos qualificados, avanço tecnológico e a inovação.

A agricultura brasileira se apresenta ao mundo fortemente comprometida com a conservação do meio ambiente e da biodiversidade.

Leia a íntegra no site da Folha de S. Paulo

As florestas remanescentes sendo dizimadas pelo próprio mato

Por Valdir Fries, para o Notícias Agrícolas

Enquanto o Ministério do Meio Ambiente fica embalado nas “REDES” pregando moratória de soja no cerrado e combate ao desmatamento no norte do País, o centro sul do Brasil vê a cada dia que passa suas FLORESTAS remanescentes sendo completamente dizimadas pelo próprio MATO.

Sim, as áreas de florestas do centro sul do País, sejam elas de grandes ou pequenas extensões de terra, estão sim sendo dizimadas pelo próprio MATO.

O que os AMBIENTALISTAS não conseguem ver o que está acontecendo em meio às FLORESTAS, mostramos aqui através das imagens. 

Todos os Brasileiros sabem…Temos um Ministério de Meio Ambiente atrelado a um Governo que gasta milhões de reais para firmar compromissos internacionais, participando das conferências entre as partes – COP 22, para simplesmente fazerem “acordos” bilaterais. 

Os “acordos” que devem acontecer nestes dias em Marrocos, são os mesmos que, ao final, nunca deram e nunca irão dar em nada. São acordos que não acabam com o desmatamento e nem resolvem as questões do “tal aquecimento global". Já se foram décadas discutindo o indiscutível e gastando milhões na pregação de uma ideologia desnecessária, enquanto, na prática, nada é feito por estes mesmos ideologistas em proteção do meio ambiente.

Até porque, enquanto se discute a emissão dos gases, são os “cipós” de toda e qualquer espécie, e demais plantas, como por exemplo, os “aranha-gatos”, que estão colocando as florestas no chão.

A cada ano que se passa, tem aumentado significativamente a infestação destas pragas nativas em meio as florestaS. 

São árvores de perobas rosa, canafístulas, gurucaias, jequitibás e tantas outras espécies de árvores nativas, de madeiras nobre, que estão tendo suas copadas descepadas pelo grande emaranhado de cipós, e com o tempo, o peso do emaranhado dos cipós, somado à força dos ventos, acabam vindo ao chão. 

As árvores sem as suas copadas, com o tempo, vêm o ponteiro dos troncos começar a apodrecer, e com o passar dos anos, a qualquer tempestade de vento, o restante do tronco acaba caindo em meio à floresta e ou em meio às lavouras.

Ou o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com seus Institutos Ambientais e Secretarias de Estados do Meio Ambiente, implantam um programa de recuperação e manejo das florestas remanescentes para o centro sul do Brasil, ou a cada ano que se passa estaremos vendo nossa floresta vindo abaixo, NÃO PELAS MOTOSSERRAS, mas árvores centenárias sendo dizimadas pelo próprio mato. 

Devemos lembrar que o “emaranhado” das leis brasileiras, em especial a legislação ambiental, e por força da legislação, mantém toda mata nativa fica intocável.

Sendo assim, ficamos proibidos de realizar o manejo das florestas, porque NÃO temos LIBERDADE, NEM AUTORIZAÇÃO para realizar qualquer corte mata adentro, mesmo que seja o corte dos cipós e dos arranha-gatos que estão transformando nossas florestas em verdeiros desertos verdes.

Mesmo sabendo que uma simples (apesar de árdua) tarefa de roçada para limpeza dos troncos das árvores resolveria grande parte do problema. Proibidos, ficamos assistindo o ataque das invasoras. 

Ou as Secretarias de Estado do Meio Ambiente e o Próprio Ministério do Meio Ambiente acordam para a questão, e tomam atitude de uma vez por todas, e começam a se preocupar em formalizar um programa de manejo e recuperação dos remanescentes, ou dentro de 30 a 50 anos, as madeiras nobres serão extintas pela própria força da natureza.

De nada adianta nós produtores rurais sermos obrigados por força da lei a deixar 20% da área do imóvel para reserva legal se, em meio a estas áreas, o pouco de floresta remanescente que existe continuar largado ao emaranhado de cipós e arranha-gatos, restando ao final apenas uma REDE de colchão para proteção para “cobras e lagartos”.

Fonte: Olhar Direto + Folha de S. Paulo

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