Ibama embarga 600 hectares e apreende mil toneladas de soja no Paraná

Publicado em 15/12/2017 08:04
por blog Ambiente Inteiro

A operação do Ibama de combate a agricultura na Mata Atlântica concluída nesta quinta-feira (14/12) no estado do Paraná resultou na aplicação 5,5 milhões de reais em multas e na apreensão de mil toneladas de sola e máquinas agrícolas. Cerca de 600 hectares também foram embargados.

A Superintendência do Ibama no Paraná aplicou cerca de R$ 15 milhões em multas na Mata Atlântica neste ano. No mesmo período, as áreas embargadas por desmatamento ilegal somaram 1.500 hectares no estado. “A situação é crítica”, disse o coordenador da operação, Vinicius Costa. Em razão do persistente uso do solo para atividades agropecuárias, o Paraná foi o terceiro estado que mais desmatou a Mata Atlântica em 2015 e 2016.

A presidente do Ibama, Suely Araújo, afirmou que as ações de fiscalização na Mata Atlântica serão intensificadas em 2018.

Máquina apreendida pelo Ibama no Paraná

(Em tempo, nos termos do decreto que criou a indústria da multa no Brasil, os R$ 15 milhões em multas podem render até R$ 9 milhões aos projetos dos ambientalsitas governamentais, por Blog Ambiente Inteiro).

Câmara pode votar licenciamento ambiental na última semana de trabalho
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), esteve com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), para pedir que o projeto de licenciamento ambiental entre na pauta ainda neste ano.
“Temos um texto que, em mais de 80%, tem consenso. O que não tiver, vamos debater em plenário. Este é o sentimento não só da FPA, como dos ambientalistas e do governo que participaram da construção do texto”, disse Nilson Leitão.
Segundo ele, Maia informou que vai colocar o projeto para votar até semana que vem para vencer a etapa da Câmara.

Bolsonaro propõe parceria com os EUA para ‘salvar’ a Amazônia (Gazeta do Povo)

Em visita a Manaus, presidenciável comparou reservas indígenas a zoológicos, defendeu o controle populacional e disse que dará carta branca para a Polícia Militar matar

Em visita a Manaus nesta quinta-feira (14), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) questionou se o Brasil ainda tem a soberania sobre a Amazônia por causa das terras indígenas, às quais comparou a zoológicos.

“Será que a Amazônia ainda é nossa? Em 1982, a Argentina falou que as Malvinas eram deles. Perderam. Hoje em dia, ouso dizer que dificilmente a Amazônia é nossa.”

O presidenciável afirmou que, para “salvar ao menos parte da Amazônia”, é preciso buscar parcerias com países democráticos como os EUA para a exploração dos recursos minerais. Ele também defendeu fixação de preços de minérios como o nióbio para a exportação.

Indígenas e zoológicos

A uma plateia de simpatizantes, no auditório de um hotel, Bolsonaro defendeu a exploração mineral em terras indígenas e disse que a demarcação de grandes áreas, como a dos ianomâmis, “poderão ser novos países dentro do Brasil”.

Jair Bolsonaro

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“Como é que pode um índio na Bolívia ser presidente, e o nosso aqui, por pressão do governo, condená-lo a ficar preso dentro de uma terra indígena como se fosse algo no zoológico? O índio é um ser humano, nosso irmão.”

Controle populacional

Por outro lado, Bolsonaro admitiu que o aquecimento global e o desmatamento podem levar “ao fim da espécie humana”. Ele defendeu o controle populacional como a medida mais eficaz.

 

“Em 2011, tínhamos 7 bilhões de habitantes no mundo. Em 2025, teremos 8 bilhões. A questão desse crescimento populacional explosivo leva a desmatamento. Você não vai plantar soja no terraço do teu prédio nem criar gado no quintal. Temos de ter uma política de planejamento familiar”, disse.

Mais cedo, Bolsonaro foi recepcionado no aeroporto por um boneco inflável de 12 metros e algumas centenas de apoiadores. Em discurso sobre um carro de som no estacionamento do aeroporto, prometeu dar “carta branca” para a PM matar.

Carta branca para a PM matar

“Se alguns dizem que quero carta branca pra Polícia Militar matar, eu respondo: ‘Quero, sim’“, disse, no alto de um carro de som, arrancando aplausos e gritos de “mito, mito”.UISAS ELEITORAIS

“Policial que não atira em quem atira nele não é policial. Temos obrigação de dar uma retaguarda jurídica a esses bravos homens”, completou Bolsonaro, repetindo uma de suas principais promessas de campanha.

A saída da porta de desembarque foi marcada por um grande empurra-empurra entre algumas centenas de simpatizantes – o chão terminou repleto de calçados perdidos, principalmente chinelos. Bolsonaro saiu bastante suado e sem o seu relógio.

Boneco inflável

É a primeira fez que o boneco foi usado. Depois de Manaus, ele começará a circular pelo Brasil, explicou um dos responsáveis pela ideia, o vice-presidente do Movimento Direita Manaus, Gill Mota, 29.

O administrador de empresas explicou que o custo do boneco, de R$ 15 mil, foi rateado por organizações independentes de sete Estados.

Segundo colocado na corrida presidencial atrás de Lula (PT), na região Norte, Bolsonaro tem 16% na pesquisa espontânea do Datafolha – seu melhor desempenho no país.

Fonte: BlogAmbienteInteiro/Gazetadopovo

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