Empresa de fertilizantes suspende atividades para se adequar às exigências do IAP

Publicado em 19/02/2009 15:21
Empresa foi autuada pela emissão de gases na atmosfera, acima dos padrões ambientais permitidos pela legislação

A empresa Heringer Fertilizantes S/A paralisou as suas atividades para promover as adequações exigidas pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) de Paranaguá (PR). O comunicado oficial foi feito nesta quarta-feira (18) pelo gerente de Unidade de Negócios, Sávio Ferreira. De acordo com o documento, estão sendo paralisadas as plantas de Acidulação, Granulação e de Conversão de Enxofre.


A empresa foi autuada em R$ 140 mil - pela emissão de gases na atmosfera, acima dos padrões ambientais permitidos pela legislação e devido ao despejo de efluentes em desacordo com a Resolução do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) 357/2005.


O IAP deu um prazo de 60 dias para adequação dos equipamentos de acordo com as normas vigentes. Entre as modificações que deverão ser feitas – conforme solicitação do IAP, estão o fechamento adequado das correias transportadoras localizadas no pátio de armazenamento de enxofre; a instalação de diques de contenção para os resíduos oriundos da fusão do enxofre, proteção lateral da moega (câmara de moagem de enxofre) e a implantação de uma cortina verde em frente a BR 277, evitando impacto visual e dispersão de materiais particulados com a ação dos ventos.


“Esta é uma demonstração de que os empresários estão mudando de conceito e que cuidar do meio ambiente não é apenas uma obrigação e sim uma questão de compromisso e eficiência. A atitude da Heringer prova que o Paraná está certo em manter uma política rígida para a preservação do meio ambiente, ao mesmo tempo, que abre espaço para discussão em busca de soluções definitivas”, afirmou o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko.


Poluição atmosférica


Tanto a resolução do Conama como a resolução da Secretaria do Meio Ambiente 054/2006 apresentam critérios a serem avaliados para assegurar a qualidade do ar.


A chefe do escritório regional do IAP em Paranaguá, Noelle Costa Saborido, lembra que a empresa deve contar com sistema de controle de emissões atmosféricas e manter suas emissões dentro dos parâmetros vigentes.


“Eles deverão fazer monitoramento constante do material particulado (pó) liberado no processo industrial e implantar de uma cortina vegetal para isolar melhor a fábrica e complementar o controle da poluição atmosférica”, explicou. O forno utilizado também deverá ser totalmente enclausurado. “Estes critérios estão alinhados às exigências feitas na resolução SEMA 54/06, que estabelece padrões de emissão de poluentes atmosféricos para as atividades poluidoras”, informou Noelle.


Fonte: AEN/PR / Campo News

Fonte: AEN/PR / Campo News

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