Ibama autoriza instalação da usina de Belo Monte, no Pará

Publicado em 01/06/2011 11:09
Hidrelétrica no rio Xingu terá capacidade instalada de 11.2333 MW.
O Ibama concedeu nesta quarta, dia 1º, à Norte Energia (Nesa) a licença de instalação para a usina hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, próximo a Altamira, no Pará. A unidade terá capacidade instalada de 11.233 MW.

Em janeiro deste ano, o Ibama havia concedido ao empreendimento uma licença parcial apenas para iniciar o canteiro de obras. A licença prévia, que foi concedida em fevereiro do ano passado, listou 40 condicionantes a serem cumpridas para que o empreendedor recebesse a autorização para as obras. Antes de entrar em funcionamento, a usina ainda precisará obter uma licença de operação, que está condicionada ao cumprimento de todas as exigências socioambientais previstas no projeto.

Conforme o Instituto, o licenciamento foi marcado pela análise técnica e resultou na incorporação de ganhos socioambientais, entre eles a garantia de vazões na Volta Grande do Xingu suficientes para a manutenção dos ecossistemas e dos modos de vida das populações ribeirinhas.

A decisão de construção de apenas um canal de derivação acarretou a redução do volume de escavação em 77 milhões de metros cúbicos, equivalente a 43% do total anteriormente previsto. A título de comparação, destaca-se que esta redução é maior do que todo o volume de escavação feita para a usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira.

Também está prevista a implantação de 100% de saneamento básico em Altamira e Vitória do Xingu (água, esgoto, drenagem urbana e resíduos sólidos) e garantidas melhores condições de moradia para uma população que hoje mora em área de risco nos igarapés de Altamira, além da definição da faixa em 500 m de área de preservação permanente no entorno dos reservatórios.

O Ibama e a empresa Nesa firmaram ainda Acordo de Cooperação prevendo apoio logístico às ações de fiscalização do instituto na região para controlar os crimes ambientais, como o tráfico de animais silvestres e a exploração ilegal de madeira na região.

Paralelo aos convênios e investimentos previstos, a NESA terá de investir cerca de R$ 100 milhões em unidades de conservação na bacia do rio Xingu a título de compensação ambiental, conforme determina a legislação vigente.

Fonte: Ibama + Agência Brasil

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Embrapa propõe políticas para reaproveitamento de pastagens degradadas
Seminário Internacional: Brasil lidera normalização de tecnologias de hidrogênio
Brasil e Argentina são últimos países da América Latina com novos projetos de usinas de carvão
CAPADR aprova projeto que impede crédito rural a condenados por crimes ambientais
Projeto amplia fatia do FPM para municípios localizados na Amazônia Legal