Quebra na safra de milho dos EUA poderá favorecer produtor brasileiro

Publicado em 06/07/2012 11:19
O Brasil pode lucrar com a quebra na safra de milho nos Estados Unidos. Informações obtidas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para uma possibilidade real de essa quebra ocorrer. Caso seja confirmada, ela poderá resultar em mais mercado para o milho brasileiro que tem, para a próxima safra, expectativa de bater o recorde histórico, com uma produção superior a 34,5 milhões de toneladas.

“Mas isso só será confirmado caso venha a se consolidar as questão climática previstas para os EUA”, disse o diretor da Conab, Sílvio Porto. Na avaliação dele, é grande a possibilidade de a safra de milho norte-americano ser abaixo das expectativas iniciais que, no início, "eram bastante positivas".

“Há cerca de um mês houve, nos EUA, o anúncio de crescimento de área [destinada à plantação de milho] muito expressivo, de 4 milhões de hectares, o que possibilitaria [uma colheita] entre 370 e 380 milhões de toneladas. Isso causou um impacto muito significativo, de excessiva oferta mundial”, destacou Porto.

O otimismo norte-americano acabou sendo revisto por causa das péssimas condições climáticas para a lavoura. “Nós avaliamos, segundo informações que tivemos, que 30% da área [usada para produção de milho] está em condições climáticas consideradas ruins ou péssimas. Isso acabou gerando uma expectativa de quebra de safra por lá. Mas isso depende, ainda, do que acontecerá nas próximas semanas em relação a plantio e desenvolvimento de lavoura. De qualquer forma, estamos enviando técnicos aos Estados Unidos para que avaliem a situação e tragam informações mais precisas [sobre a situação climática e o reflexo dela na produção de milho]”.

Se por um lado os EUA têm previsões ruins para a safra de milho, a expectativa, no Brasil, é de recorde de produção. “O Brasil está em situação extremamente confortável porque podemos chegar tranquilamente a um crescimento de 15 milhões de toneladas de milho, e chegar a uma produção de cerca de 35 milhões de toneladas. Nossa situação é muito confortável também no que tange ao abastecimento”.

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Fonte: Agência Brasil

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