Milho: Mercado reflete a situação na Ucrânia e recua em Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela nesta segunda-feira (10). Após os ganhos da semana anterior, o mercado realiza lucros e, por volta das 8h30 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas de mais de entre 6,5 e 8,25 pontos.
De acordo com informações da agência internacional Bloomberg, as cotações futuras são pressionadas pelas especulações de que as exportações da Ucrânia, terceiro maior fornecedor de milho no mundo, não sejam afetadas pela crise no país. Na última semana, o contrato maio/14 chegou a romper o patamar de US$ 5,00 por bushel, frente à perspectiva de um conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia.
Na safra 2013/14, as exportações ucranianas devem ultrapassar 18,5 milhões de toneladas do cereal. Já a produção global de milho, deve alcançar 966,63 milhões de toneladas, conforme as projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Além disso, os investidores buscam um melhor posicionamento frente ao relatório de oferta e demanda mundial do USDA que será divulgado nesta segunda-feira. A expectativa do mercado é que o órgão norte-americano reporte uma redução nos estoques finais da safra mundial 2013/14 para 156,49 milhões de toneladas.
Por outro, na Argentina, a vendas do milho seguem mais lentas, uma vez que, os produtores rurais ainda esperam preços melhores para negociar a produção, conforme destaca o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. No Brasil, as adversidades climáticas já comprometeram parte da safra de verão em importantes estados e continua atrasando o plantio da safrinha.