Milho: Em Chicago, mercado avança e opera em alta pelo 2º dia consecutivo

Publicado em 06/02/2015 07:58

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham em campo positivo na manhã desta sexta-feira (6). Por volta das 8h48 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam altas entre 2,50 e 3,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,88 por bushel.

Assim como na soja, a forte valorização do petróleo nesta quinta-feira também refletiu no mercado, que terminou o pregão anterior com leves ganhos. Ainda assim, os números mais fracos das exportações semanais limitaram o movimento positivo, conforme dados reportados pelas agências internacionais. 

Até a semana encerrada no dia 29 de janeiro, os números ficaram em 844,900 mil toneladas no mesmo período. O volume representa queda de 12% frente à semana anterior, quando foram vendidas, cerca de 1.068,2 milhão de toneladas. O México foi o principal destino do produto norte-americano, com 297 mil toneladas, seguido da Colômbia, com 158.400 mil toneladas. Os dados foram divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Milho: Com dólar forte, mercado avança na BM&F e março/15 chega a R$ 29,25 a saca

O pregão desta quinta-feira (5) foi de leves ganhos aos preços do milho na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal exibiram altas entre 0,10% e 0,31%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 29,25 a saca, após ter encerrado a sessão desta quarta-feira a R$ 29,16 a saca.

Mais uma vez, as cotações buscaram sustentação no câmbio, que operou em alta em boa parte do dia. A moeda norte-americana terminou a quinta-feira com ligeira queda, de 0,02%, cotado a R$ 2,7415 na venda,. Na máxima da sessão, o dólar tocou o patamar de R$ 2,7625. No dia anterior, a moeda subiu 1,78% e chegou a R$ 2,7420 na venda. O maior patamar de fechamento desde 23 de março de 2005.

O câmbio tem sido a principal variável de suporte aos preços do cereal, porém, a expectativa é que os participantes do mercado passem a focar as especulações em relação à safrinha de milho. Por enquanto, há muitas incertezas sobre a segunda safra em função do atraso no cultivo da primeira safra, fator que estreitou a janela ideal de plantio do cereal. 

Na visão do consultor de mercado, da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, a frustração de safra, combinada com a demanda, interna e externa mais firme e o dólar, deverá resultar em um cenário de sustentação aos preços do milho, ou até mesmo uma alta nos valores ao longo de 2015. "Quem conseguiu colher a safra de verão e quem conseguirá colher a segunda safra terá muita alegria. E no Porto de Paranaguá, o preço ao redor de R$ 29,50, cobre os custos de produção", destaca.

Mercado interno

A quinta-feira foi de estabilidade aos preços da saca do cereal nas principais praças do país, conforme levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. Apenas em São Gabriel do Oeste (MS), o valor da saca subiu 5,26% e fechou o dia a R$ 20,00. Em Jataí (GO), o ganho foi menos expressivo, de 0,86%, com a saca a R$ 20,00.

No Porto de Paranaguá, o preço ficou estável em R$ 29,50 a saca, para entrega em outubro de 2015.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as principais posições do milho encerraram o dia com ganhos entre 1,50 a 1,75 pontos. A posição março/15 terminou a sessão cotada a US$ 3,85 por bushel, já o vencimento julho/15 retomou o patamar de US$ 4,00 por bushel.

O mercado foi sustentado pela forte alta observada nos preços do petróleo.  A commodity encerrou a quinta-feira com alta de 2,13%, cotado próximo de US$ 50,54 o barril. No entanto, o desempenho mais fraco das exportações semanais, reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) limitaram os ganhos, conforme informações dos sites internacionais.

Até a semana encerrada no dia 29 de janeiro, os números ficaram em 844,900 mil toneladas no mesmo período. O volume representa queda de 12% frente à semana anterior, quando foram vendidas, cerca de 1.068,2 milhão de toneladas. O México foi o principal destino do produto norte-americano, com 297 mil toneladas, seguido da Colômbia, com 158.400 mil toneladas. 

Segundo dados do site Investing.com, apesar dos ganhos recentes, o mercado ainda permanece vulnerável a novas perdas. Isso porque, há especulações sobre uma possível redução na demanda por etanol à base de milho e os estoques são elevados nos EUA. "Temos um cenário de oferta tranquilo, que pesa sobre os preços", ressalta Galvão.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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