Milho: Após atingir o menor patamar dos últimos seis meses, mercado exibe recuperação técnica em Chicago
Os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram os ganhos ao longo dos negócios desta quarta-feira (6). Por volta das 11h58 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 3,25 e 5,00 pontos. O vencimento maio/15, que chegou a US$ 3,55 por bushel, era cotado a US$ 3,66 por bushel.
Para o analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia, o mercado ensaia uma recuperação técnica nesta quarta-feira, após atingir os menores patamares dos últimos seis meses. Recentemente, as cotações do cereal recuaram expressivamente e perderam importantes patamares de suporte devido às especulações sobre a safra norte-americana de milho.
Na última segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que cerca de 55% da área projetada para essa temporada já havia sido cultivada com o grão até o último domingo. O percentual ficou acima das apostas dos participantes do mercado, ao redor de 50%. No comparativo semanal, o avanço nos trabalhos nos campos ficou em 36%.
"O clima melhorou nos EUA e o plantio está andando muito rápido depois das preocupações iniciais com as chuvas. E, tirando essa recuperação técnica, os fundamentos para o mercado permanecem baixistas, com condições climáticas favoráveis e a demanda nada agressiva ainda", explica o analista.
Paralelamente, a previsão indica chuvas no final da semana, o que deverá favorecer a germinação das lavouras do cereal no país. Até o momento, cerca de 9% das plantações de milho já emergiram, número pouco acima da média dos últimos anos, de 9%.
Ainda hoje foram divulgadas novas informações a respeito da gripe aviária nos EUA. Segundo dados do site AviSite, a doença já teria afetado mais de 20 milhões de aves no país. Contudo, os analistas destacam que o percentual ainda é pequeno e o problema é mais localizado. "Temos um volume afetado pequeno. Mas se tivermos a confirmação do decreto de emergência em Iowa poderemos ver o mercado recuando um pouco. Por enquanto, vemos o setor de rações ainda firme", disse o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes.