Milho: Em pregão calmo, preços permanecem próximos da estabilidade em Chicago

Publicado em 28/07/2015 13:09

Ao longo da sessão desta terça-feira (28), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) permanecem operando próximos da estabilidade. As cotações já chegaram a trabalhar em campo positivo, porém, por volta das 12h22 (horário de Brasília), os vencimentos da commodity exibiam ligeira movimentação. Os contratos dezembro/15 e março/15 registravam queda de 0,25 pontos.

Após acumular perdas expressivas, especialmente nos dois últimos pregões, o mercado trabalha cm tranquilidade e se mantém estável. Nesta segunda-feira (27), as cotações perderam entre 18,00 e 19,50 pontos em Chicago, pressionadas por informações não tão positivas do mercado financeiro e também com a previsão de clima mais seco no Meio-Oeste dos EUA para os próximos dias.

Conforme o último mapa divulgado pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, no intervalo dos dias 28 de julho a 4 de agosto, alguns estados como Missouri poderão acumular chuvas entre 0,25 mm a 31,75 mm. O percentual é o mesmo previsto para o estado de Illinois. Em Indiana, as precipitações poderão totalizar entre 0,25 mm a 12,70 mm, já em Ohio, o índice deverá ficar entre 0,25 mm e 6,35 mm. No estado de Iowa, as chuvas poderão somar entre 12,70 mm a 50,80 mm, conforme indica o mapa abaixo.

Previsão de chuvas nos EUA entre os dias 28 de julho a 4 de agosto - Fonte: NOAA

Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para cima o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, que passou de 69% para 70%. No mesmo período do ano anterior, o percentual era e 75%. O órgão ainda informou que, cerca de 21% das plantações apresentam condição regular e 9% estão em condições ruins ou muito ruins.

Em relação ao desenvolvimento da cultura, o departamento indicou que, em torno de 77% das plantações estão em fase de espigamento. Na semana anterior, o número estava em 55%. Além disso, 14% das lavouras estão em período de enchimento de grãos, contra a média dos últimos anos, de 17%. Os dados são referentes até o último domingo (26).

Contudo, alguns analistas ainda ressaltam que os preços do cereal podem encontrar suporte nas informações sobre a produção de milho mundial. Em outras partes do mundo, as adversidades climáticas têm castigado as lavouras do cereal. Na Europa, as plantações sentem os impactos de uma seca severa e ondas de calor.

De acordo com informações da divisão de meteorologia agrícola da Comissão Europeia de Monitoramento de Recursos Agrícolas (MARS), a cultura do milho é a mais afetada neste momento. Como consequência, a projeção para o rendimento das lavouras do cereal caiu para 6,71 t/ha, bem abaixo da média dos últimos cinco anos. Na França, a produtividade foi reduzida em 0,76 toneladas por hectare, passando para 8,63 t/ha, como reflexo das altas temperaturas que se aproximaram dos recordes de 1975 e da seca intensa.

No caso da Alemanha, o segundo maior produtor de milho na União Europeia, o rendimento do milho também foi revisado para abaixo da média dos últimos anos. Agora, a produtividade do cereal é estimada em 9,62 toneladas por hectare.

Mercado interno

A saca do milho para entrega em outubro/15 é cotada a R$ 29,80 no Porto de Paranaguá nesta terça-feira. Em comparação com o fechamento anterior, o valor registra uma queda de R$ 0,20. Já a saca do cereal para entrega em novembro/15 é negociada a R$ 30,00. Apesar da forte alta do dólar, que era cotado a R$ 3,39, com ganho de 1,10%, o movimento pouco expressivo em Chicago acaba não dando sustentação aos preços do cereal.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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