Milho volta a trabalhar em campo negativo nesta 6ª feira na CBOT com primeiras estimativas da safra dos EUA

Publicado em 24/02/2017 13:28

Durante o pregão desta sexta-feira (24), os futuros do milho reverteram os ligeiros ganhos e voltaram a trabalhar do lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,75 e 1,25 pontos, por volta das 13h01 (horário de Brasília). O vencimento março/17 era cotado a US$ 3,64 por bushel, enquanto o maio/17 trabalhava a US$ 3,71 por bushel.

Segundo as agências internacionais, o mercado ainda recua diante das primeiras projeções trazidas pelo Outlook Fórum do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para a safra americana. Ainda nesta sexta-feira, a safra de milho do país foi estimada em 357,27 milhões de toneladas.

Nesta quinta-feira, a área plantada com o cereal foi projetada em 36,42 milhões de hectares, o número ficou acima da queda esperada pelos investidores. "Mesmo assim, o mercado provavelmente precisava ver uma queda maior para realmente obter um impulso de confiança", disse Madeleine Donlan no Commonwealth Bank of Australia, em entrevista ao Agrimoney.com.

Por outro lado, o mercado ainda observa o desenvolvimento da safra na América do Sul. No caso da Argentina, a perspectiva é que sejam colhidas 40 milhões de toneladas do cereal nesta temporada. Já no Brasil, a safra total poderá chegar até a 90 milhões de toneladas, conforme estimam as consultorias privadas.

BM&F Bovespa

Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do cereal trabalham do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,30% e 0,83%, perto das 12h52 (horário de Brasília). O contrato março/17 era cotado a R$ 34,57 a saca, já o maio/17 trabalhava a R$ 30,92 a saca.

As cotações acompanham a movimentação na Bolsa de Chicago. Já o dólar, outro importante componente na composição dos preços, trabalha em alta no final dessa semana. A moeda sobe mais de 1,41% e cotada a R$ 3,10 nesta sexta-feira antes do feriado prolongado de Carnaval no Brasil e do discurso que o presidente Donald Trump fará ainda hoje.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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