Milho: No Brasil, exportações aquecidas ajudam a enxugar o excedente de oferta no mercado doméstico

Publicado em 04/09/2017 18:01

A segunda-feira (4) foi de ligeira movimentação aos preços do milho praticados no mercado interno. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), o valor caiu 9,09% e a saca fechou o dia a R$ 10,00.

Em contrapartida, o preço subiu 4,17% nesse início de semana no Oeste da Bahia e a saca encerrou o dia a R$ 25,00. Na região de Panambi (RS), o dia também foi de valorização, com alta de 2,40% e a saca a R$ 23,04.

Ainda no estado gaúcho, em Não-me-toque, a valorização foi de 2,22%, com a saca a R$ 23,00. Já em Palma Sola (SC), o ganho ficou em 2,17%, com a saca cotada a R$ 23,50. Na  localidade de Castro (PR), a alta ficou em 1,20% e a saca encerrou a segunda-feira a R$ 25,30. No Porto de Paranaguá, a saca futura permaneceu estável em R$ 28,00.

De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as exportações aquecidas têm enxugado o excedente de oferta no mercado interno. As exportações brasileiras de milho somam 5,25 milhões de toneladas nos 23 dias úteis do mês de agosto, conforme informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Em agosto de 2016, o volume embarcado foi de 2,56 milhões de toneladas. Já o acumulado do mês julho ficou em 2,32 milhões de toneladas exportadas. Para essa temporada, a projeção oficial é que sejam exportadas mais de 28 milhões de toneladas, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

"E estamos vendo a comercialização, que avançou bem nas últimas semanas. O pior período ao produtor está passando e o controle nas negociações por parte dos agricultores também ajuda no cenário", afirma o consultor de mercado.

Brandalizze ainda destaca que a perspectiva é de melhora na demanda interna. "Nos meses de outubro e setembro, as indústrias precisam vir ao mercado comprar milho para trabalhar na virada do ano e os estoques estão baixos. Não esperamos uma grande evolução nos preços devido à grande safra colhida, porém, os preços podem subir entre R$ 2,00 e R$ 3,00 por saca", completa.

No total, o Brasil deverá colher mais de 97 milhões de toneladas de milho nesta temporada, ainda de acordo com dados da Conab. Somente na safrinha, serão colhidas mais de 66 milhões de toneladas.

Enquanto isso, a Conab segue com as operações de apoio à comercialização do cereal. Nesta quarta-feira (6), a entidade oferta mais 540 mil toneladas de milho para os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

No leilão de Pep (Prêmio para Escoamento de Produto) irá oferta 177 mil toneladas do cereal. E o restante, de 363 mil toneladas, será ofertada através do leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural).

Dólar

A moeda norte-americana encerrou a segunda-feira a R$ 3,13 com queda de 0,32%. "O dólar terminou o dia em baixa ante o real, em sessão marcada por baixo volume de negócios por causa do feriado pelo Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que manteve os mercados norte-americanos fechados", informou a Reuters.

Bolsa de Chicago

Devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, a Bolsa de Chicago (CBOT) não operou nesta segunda-feira (4). Os negócios serão retomados no pregão desta terça-feira (5).

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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