Milho: B3 sobe nesta sexta-feira e negócios passam dos R$ 60,00 em Campinas/SP

Publicado em 03/04/2020 12:27 e atualizado em 03/04/2020 17:02
Chicago passa a cair após anúncio da AIE

A bolsa brasileira segue operando em alta neste último dia da semana, com as principais cotações subindo até 1,65% por volta das 11h42 (horário de Brasília) desta sexta-feira (03).

O contrato maio/20 era cotado à R$ 49,20 com valorização de 1,65%, o julho/20 valia R$ 45,92 com alta de 0,92% e o setembro/20 era negociado por R$ 44,10 com ganho de 0,92%.

No mercado físico brasileiro, a Radar Investimentos divulgou sua nota diária apontando que, a semana chega ao fim, com os compradores do cereal menos ativos/agressivos do que nos dias inicias. “Isto tem arrefecido, em parte, o espaço para novas altas nas regiões produtoras do estado”. A publicação ainda destaca que, em Campinas-SP, as referências giram ao redor de R$59,00/saca, CIF, 30d.

Já a Scot Consultoria, aponta que, apesar da menor movimentação nas últimas semanas, em função da pandemia do Coronavírus, quem precisou comprar milho se deparou com uma menor intenção do lado vendedor e pedidos de preços mais altos pelo cereal.

“Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos ficou cotada em R$61,50 (2/4), sem o frete, uma alta de 9,5% em relação à média do mês anterior. Na comparação com abril do ano passado, o preço do milho subiu 60,3% este ano. A cotação vigente é recorde, em valores nominais”, diz a publicação.

Mercado Externo

Após abrir a sexta-feira (03) em alta, os preços internacionais do milho futuro reverteram seu caminho e passaram a cair na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam perdas entre 1 e 2,75 pontos por volta das 12h05 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,30 com desvalorização de 2,75 pontos, o julho/20 valia US$ 3,36 com queda de 2,00 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,41 com baixa de 1,00 ponto e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,49 com estabilidade.

A mudança de direção vem após a AIE (Agência Internacional de Energia) dizer que os cortes profundos na produção da Opep e de outros países produtores de petróleo não impedirão um enorme acúmulo de petróleo e pedir às economias mais ricas do mundo que discutam maneiras mais amplas de estabilizar os mercados.

Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, disse à Reuters que medidas para conter a disseminação do coronavírus levaram a uma perda de demanda "sem precedentes" que pode atingir até um quarto do consumo global, o que elevaria os impactos negativos no setor de etanol de milho americano.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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