Milho se desvaloriza na B3 e em Chicago nesta quinta-feira

Publicado em 21/05/2020 11:57 e atualizado em 21/05/2020 16:57
Condições climáticas e dúvidas sobre demanda influenciam nos dois mercados

A quinta-feira (21) é de perdas para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,71% e 2,04% por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 46,42 com queda de 0,71%, o setembro/20 valia R$ 44,90 com baixa de 1,41%, o novembro/20 era negociado por R$ 47,51 com desvalorização de 2,04% e o março/21 tinha valor de R$ 48,24 com estabilidade.

De acordo com a Agrifatto Consultoria, as movimentações cambiais do dólar ante ao real, a indefinição no tamanho da quebra da safra no país e a incerteza sobre a demanda interna são os fatores que fazem a volatilidade crescer para as cotações do cereal na B3.

Por volta das 11h37 (horário de Brasília), o dólar caia 2,03% ante ao rela e era cotado à R$ 5,57.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também caiam nesta quinta-feira (21) na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 2,00 e 3,25 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,16 com desvalorização 3,25 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,21 com perda de 2,50 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,31 com baixa de 2,50 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,44 com queda de 2,00 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, as perspectivas fracas da demanda por etanol pesaram bastante nos preços do milho nesta manhã, apesar de algumas notícias relativamente otimistas do mercado. Além disso, a imensa colheita de milho também alimentou as perdas da noite para o dia.

O mercado agora aguarda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) libere seus dados semanais de exportação hoje. As vendas de exportação de milho para 2019/20 são projetadas entre 19,7 milhões e 39,4 milhões de bushels (entre 500.380 e 1 milhão de toneladas), enquanto as vendas para 2020/21 estão entre 7,9 milhões e 15,7 milhões de bushels (entre 200.660 e 398.780 toneladas).

“As vendas chegaram às expectativas mais altas da semana passada, embora inspeções mais baixas de milho para exportação possam diminuir as perspectivas de exportação no relatório de hoje”, comenta a analista Jacquelina Holland.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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