Milho: chuvas e dólar influenciam em quedas nas cotações da B3

Publicado em 26/05/2020 12:13 e atualizado em 26/05/2020 16:42
Milho: chuvas e dólar influenciam em quedas nas cotações da B3

A terça-feira (26) segue sendo baixista para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,36% e 1,28% por volta das 12h00 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 45,55 com desvalorização de 1,28%, o setembro/20 valia R$ 43,85 com perda de 0,68% e o novembro/20 era negociado por R$ 46,95 com queda de 0,36%.

De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, as chuvas que ultrapassaram a barreira dos 100 mm em algumas regiões do Paraná foram boas para amenizar a situação das lavouras no estado, mas o Deral já confirma que a produção de 12,2 milhões de toneladas no estado já é irreal e deve ser cortada para baixo.

Além disso, o dólar segue em queda ante ao real e influenciando nessas movimentações. Por volta das 12h06 (horário de Brasília) a moeda americana se desvalorizava 1,57% e era cotada à R$ 5,35.

Mercado Externo

Já para os preços internacionais do milho futuro a terça-feira registra ganhos na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações operavam com movimentações positivas entre 3,25 e 4,00 pontos por volta das 11h55 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,22 com valorização de 4,00 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,26 com alta de 4,00 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,36 com elevação de 3,50 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,48 com ganho de 3,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sobem nesta manhã após um aumento nos preços da energia depois do feriado americano, que iniciou o que é “tipicamente uma temporada de verão intensiva para dirigir”. O otimismo em relação ao retorno às atividades de condução "normais" também trouxe ganhos nos futuros.

Além disso, todos os olhos estarão voltados para o progresso do plantio em Dakota do Norte no relatório de hoje sobre o progresso da colheita do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

“O estado desfrutou de vários dias de clima limpo na semana passada, depois de passar a maior parte da primavera lutando contra as chuvas sazonais e neve enquanto tentava completar os 6% restantes de acres de milho a serem plantados na safra”, aponta a analista Jacqueline Holland.

“Em outras partes do cinturão do milho, o progresso do plantio no relatório de hoje provavelmente permanecerá acima do ritmo médio de cinco anos. O Cinturão do Milho Oriental pode começar a se desviar para mais perto da média de cinco anos, à medida que se recuperaram de fortes chuvas há mais de uma semana”, conclui Holland.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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