Milho segue subindo na B3 após se valorizar 3% na semana passada

Publicado em 24/08/2020 11:50 e atualizado em 24/08/2020 16:30
Chicago sobe, mas dados da pecuária preocupam

Os preços futuros do milho seguem subindo na Bolsa Brasileira (B3) nesta segunda-feira (24). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,17% e 1,04% pontos por volta das 11h42 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/20 era cotado à R$ 60,54 com alta de 0,46%, o novembro/20 valia R$ 60,37 com valorização de 1,04%, o janeiro/21 era negociado por R$ 60,00 com elevação de 0,33% e o março/21 tinha valor de R$ 59,00 com ganho de 0,17%.

De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, apesar do termino da colheita do milho no Mato Grosso, as cotações do cereal começam a semana sustentadas após fechar os últimos sete dias úteis subindo mais de 3% para o vencimento setembro/20.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também registra valorizações para os preços internacionais do milho futuro nesta segunda-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 3,50 e 4,25 pontos por volta das 11h38 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/20 era cotado à US$ 3,31 com elevação de 4,25 pontos, o dezembro/20 valia US$ 3,44 com valorização de 4,00 pontos, o março/21 era negociado por US$ 3,56 com alta de 3,50 pontos e o maio/21 tinha valor de US$ 3,64 com ganho de 3,50 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, as previsões de produtividade reduzidas e a demanda chinesa impulsionaram os preços do milho esta manhã. Apesar disso, os ganhos foram limitados pelo aumento das chances de chuva no meio-oeste em meio à crescente atividade de furacões no Golfo dos EUA.

Os olheiros que visitaram o meio-oeste na semana passada estimaram que a produção de milho em 2020 totalizará 177,5 bushels por acre (185,6 sacas por hectare) e o relatório de progresso da safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de hoje pode ver um rebaixamento na qualidade do milho.

A publicação destaca ainda que, o relatório mensal Cattle on Feed foi baixista para o mercado. Os criadores de gado reduziram as rações e liquidaram os rebanhos em meio às más condições das pastagens, aos preços difíceis do gado e ao contínuo acúmulo de matadouros.

“Com 34% da safra de milho de 2020 destinada ao consumo da pecuária, a redução da produção de gado pode ter impactos negativos sobre os preços do milho com a aproximação da nova safra”, aponta a analista Jacqueline Holland.

Tags:

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Colheita, dólar e Chicago pressionam e milho acumula perdas semanais na B3
Colheita deve pressionar milho no Brasil, mas clima dos EUA pode trazer boas oportunidades de venda
Colheita do milho safrinha está adiantada em Ipiranga do Norte (MT), segundo presidente do Sindicato Rural
Milho abre a sexta-feira estendendo as perdas na B3
Milho recua na B3 em quinta-feira de mercado técnico