Brasil exporta 1,183 milhão de toneladas na segunda semana de setembro e média mensal está 24% maior do que set/19

Publicado em 14/09/2020 15:11

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a segunda semana de setembro.

Nestes 8 dias úteis do mês, o Brasil exportou 3.074.078,6 toneladas de milho não moído, crescendo 62,58% do que foi registrado na primeira semana do mês e já ficando em 47,40% de todo o contabilizado nos 21 dias do mês anterior.

Com isso, a média diária de embarques está em 384.259,8 toneladas, patamar 24,43% maior do que a média do mês passado. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 25,26% maior do que as 306.770,1 do mês de setembro de 2019.

Em termos financeiros, o Brasil já exportou um total de US$ 511,110 milhões no período, contra US$ 1,064 bilhão de todo setembro do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabiliza acréscimo de 25,98% ficando com US$ 63.888,8 por dia útil contra US$ 50.712,1 em setembro do ano passado.

O preço por tonelada obtido também registrou alta de 0,58% no período, saindo dos US$ 165,3 do ano passado para US$ 166,3 neste mês de setembro.

Segundo o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a China deve importar entre 10 e 15 milhões de toneladas de milho ainda em 2020, buscando basicamente estes volumes nos Estados Unidos. Já para 2021, este montante deve crescer para 20 milhões e metade disso pode vir do mercado brasileiro.

Brandalizze explica que neste ano, a China deva perder entre 10 e 20 milhões de toneladas na sua produção após estiagem no inicio do ciclo e enchentes e tufão nas últimas semanas, e reduzir a área cultivada de 37 milhões de hectares para 36 milhões no ano que vem.

Ao mesmo tempo, o consumo estimado em 270 milhões de toneladas deve crescer para 280 milhões já em 2020 com apoio do setor de rações de frangos e suínos e do avanço na produção de etanol de milho no país, e seguir crescendo nos próximos anos. A projeção é que, em 2025, a China precise importar 50 milhões de toneladas do grão.

De acordo com o analista, a safra norte-americana, que deve ser menor do que o projetado inicialmente e já possui destinações acertadas com outros países consumidores cativos do milho dos EUA, teria pouca condição de atender esta crescendo volúpia chinesa, que se voltaria para o Brasil.

Para atender essa demanda crescente, que já deve chegar com força no segundo semestre de 2021, Brandalizze recomenda que o produtor utilize este momento para investir na cultura e no aumento da produtividade, com mais tecnologia nas lavouras para saltar das atuais 102 milhões de toneladas produzidas para 150 milhões em 2025.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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