Milho segue em baixa na B3 com poucos negócios nesta 4ªfeira

Publicado em 16/09/2020 11:54 e atualizado em 16/09/2020 17:14
Chicago se recupera de olho na demanda chinesa

Os preços futuros do milho seguem caindo na Bolsa Brasileira (B3) nesta quarta-feira (16). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,70% e 1,07% por volta das 11h42 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 58,70 com queda de 0,76%, o janeiro/21 valia R$ 59,39 com perda de 0,70%, o março/21 era negociado por R$ 58,68 com baixa de 0,79% e o maio/21 tinha valor de R$ 55,30 com desvalorização de 1,07%.

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, a resistência para fechamento de novos negócios continua grande, com acordos sendo firmados apenas “da mão para boca” por parte dos consumidores.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) ganhou força e opera em alta para os preços internacionais do milho futuro nesta quarta-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 2,00 e 2,50 pontos por volta das 11h35 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/20 era cotado à US$ 3,68 com valorização de 2,50 pontos, o março/21 valia US$ 3,77 com ganho de 2 pontos, o maio/21 era negociado por US$ 3,83 com elevação de 2 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 3,87 com alta de 2 pontos.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho ficou quase inalterado, consolidando-se após uma alta de seis meses no início desta semana, já que os traders esperaram principalmente que a colheita dos Estados Unidos ganhasse ritmo.

“Os mercados de grãos foram misturados durante a noite, enquanto os traders param para recuperar o fôlego da recente alta significativa”, disse a corretora Allendale em nota.

A publicação destaca ainda que, o clima seco esperado no meio-oeste provavelmente ajudará a impulsionar a colheita de grandes safras de milho e soja nos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, possíveis novas compras de milho norte-americano pela China animam o mercado. O site internacional Farm Futures relata que um comprador desconhecido encomendou 4,7 milhões de bushels de exportações de milho dos EUA ontem, embora os traders esperem que o comprador seja provavelmente a China.

“Precisamos comprar mais milho. O milho estrangeiro é barato, então faz sentido comprar. Não temos grãos para ração suficientes, mas podemos apenas comprar”, disse à Reuters um executivo de uma empresa estatal chinesa de comercialização de produtos agrícolas.

A analista da Farm Futures, Jacqueline Holland, aponta que os danos causados ​​por tufões devem dizimar 39,4 milhões de bushels de milho chinês - uma redução de 4% nos volumes de produção ano a ano. 

“Embora haja esperança de que as perdas sejam menores, elas inevitavelmente serão seguidas por problemas de peso e molde. Mas isso pode ser uma grande vantagem para o milho dos EUA se a China decidir recorrer aos EUA para obter mais demanda de exportação”, diz Holland.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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