Milho segue se valorizando no Brasil nesta quarta-feira

Publicado em 21/10/2020 11:59 e atualizado em 21/10/2020 16:48
Chicago registra níveis mais altos em 14 meses

A quarta-feira (21) segue contabilizando ganhos para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 3,91% e 4,11% por volta das 11h56 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 83,18 com valorização de 4,11%, o janeiro/21 valia R$ 83,30 com alta de 4,00%, o março/21 era negociado por R$ 82,15 com ganho de 3,99% e o maio/21 tinha valor de R$ 77,40 com elevação de 3,91%.

Para o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, essas cotações podem subir ainda mais, com a B3 puxando o mercado físico, mas existe um limite para as altas e ele está atrelado à paridade de importação, que nos cálculos dele, já está próxima.

Na visão de Rafael, o milho importado dos Estados Unidos hoje, já sem a TEC de importação, chegaria aos portos brasileiros na faixa dos R$ 76,00 e às indústrias, já com o frete, por volta de R$ 82,00. Sendo assim, devemos ter registro de grandes importações do cereal norte-americano nos próximos 30 dias, o que atuaria para frear as cotações no Brasil.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também seguem elevados na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (21). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 3,25 e 4,75 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/20 era cotado à US$ 4,13 com valorização de 4,75 pontos, o março/21 valia US$ 4,17 com ganho de 4,00 pontos, o maio/21 era negociado por US$ 4,18 com elevação de 3,25 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 4,18 com alta de 3,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, atrasos na colheita devido à neve e chuva nas planícies altas e no meio-oeste ajudaram a aumentar os ganhos de preço no complexo de milho esta manhã. 

“Os preços subiram para seus níveis mais altos em 14 meses durante a noite, com o suporte adicional da forte demanda de exportação chinesa e as condições de plantio seco no Brasil também emprestando força aos ganhos desta manhã”, explica a analista Jacqueline Holland.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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