Milho responde ao USDA e salta mais de 2% em Chicago nesta 5ªfeira

Publicado em 12/01/2023 17:10
B3 teve altas limitadas por queda do dólar

A quinta-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações no campo misto da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,53 e R$ 92,50. 

O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 87,53 com queda de 0,10%, o março/23 valeu R$ 92,50 com alta de 0,38%, o maio/23 foi negociado por R$ 92,00 com elevação de 0,28% e o julho/23 teve valor de R$ 89,42 com ganho de 0,08%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, mais uma vez a B3 trabalhou em cima do dólar. “O dólar está em queda de novo e a B3 está navegando um pouco pressionada”, diz. 

De qualquer forma, Brandalizze destaca um mercado brasileiro na calmaria com o mercado gaúcho na faixa de R$ 87,00 e o balcão paranaense, catarinense, paulista e mineiro variando de R$ 72,00 a R$ 85,00. 

O mercado físico brasileiro também teve um penúltimo dia da semana de pouca movimentação para os preços da saca de milho. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Castro/PR e desvalorizações somente nas praças de Campinas/SP e Porto de Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho os negócios seguem sendo concretizados na faixa dos R$ 87,00/sc em Campinas/SP, com a paridade de exportação estabilizada”. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT), que ficou boa parte do dia próxima da estabilidade e no aguardo das divulgações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), terminaram a quinta-feira com os preços internacionais do milho futuro disparando. 

O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,71 com valorização de 15,00 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,69 com ganho de 14,25 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,61 com elevação de 13,00 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,13 com alta de 7,50 pontos. 

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (11), de 2,29% para o março/23, de 2,14% para o maio/23, de 2,01% para o julho/23 e de 1,32% para o setembro/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho da Bolsa de Chicago subiram na quinta-feira depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cortou inesperadamente suas estimativas de colheita de 2022 para as safras norte-americanas, o que significaria suprimentos menores do que o esperado. 

O USDA também estimou os estoques trimestrais de milho dos EUA abaixo das projeções comerciais médias em seus relatórios de safra de janeiro, e cortou suas perspectivas para a produção de milho e soja na Argentina atingida pela seca, onde alguns traders disseram que mais cortes são necessários. 

“A maior surpresa foi a revisão para baixo na produção agrícola dos EUA, em particular milho e soja”, disse Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Colheita, dólar e Chicago pressionam e milho acumula perdas semanais na B3
Colheita deve pressionar milho no Brasil, mas clima dos EUA pode trazer boas oportunidades de venda
Colheita do milho safrinha está adiantada em Ipiranga do Norte (MT), segundo presidente do Sindicato Rural
Milho abre a sexta-feira estendendo as perdas na B3
Milho recua na B3 em quinta-feira de mercado técnico