Exportação de milho em janeiro passa de 6 milhões de toneladas e é 132% maior do que janeiro/22

Publicado em 01/02/2023 15:28 e atualizado em 01/02/2023 16:30
Line-up para fevereiro já é 200% maior do que o registrado em todo fevereiro/22

Janeiro se encerrou com o Brasil tendo exportado 6.348.030,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). 

Sendo assim, o volume acumulado nos 22 dias úteis do mês representou 132,3% mais do que o total de 2.732.473,6 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de janeiro de 2022.           

Com isso, a média diária de embarques ficou em 288.546,8 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 121,8% com relação as 130.117,8 do último mês de 2022.    

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o Brasil tem potencial de atingir 50 milhões de toneladas embarcadas em 2023. 

Brandalizze, explica que, diante da expectativa de produção de 130 milhões de toneladas na soma de safra e safrinha de milho neste ano, o Brasil poderá se aproveitar do espaço existente no mercado internacional e atender esta demanda que existe após perdas de produção nos Estados Unidos, Ucrânia e Argentina. 

Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 1,845 bilhão no período, contra US$ 669,812 milhões de todo janeiro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 163% ficando com US$ 83,898 milhões por dia útil contra US$ 31,895 milhões no último mês de janeiro.                    

Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 18,6% no período, saindo dos US$ 245,10 no ano passado para US$ 290,80 neste primeiro mês do ano. 

O mês de fevereiro de 2023 já tem um line-up para exportação de mais 2,163 milhões de toneladas de milho, de acordo com dados levantados pela Royal Rural. Somente este volume já seria 200% mais do que as 717,779 mil toneladas registradas em fevereiro de 2022. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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