Milho entra nas tarifas de guerra comercial e cai nos principais vencimentos em Chicago
Assim como a soja, o milho também foi incluído na lista de produtos tarifados pela China em retaliação às novas sanções impostas pelos Estados Unidos. A disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo se intensificou nesta terça-feira, impactando diretamente o mercado de commodities agrícolas. Apesar de a China não ter uma demanda expressiva por milho americano, as previsões de uma maior área plantada nos EUA para a safra 2025 adicionam pressão baixista ao mercado. Com isso, o contrato maio/25 fechou o dia cotado a US$ 4,36, uma queda de 4,25 pontos, enquanto o julho/25 recuou para US$ 4,55, com perda de 4,75 pontos.
Além da retaliação chinesa, Canadá e México também planejam sanções contra produtos americanos. O México, que tem um peso significativo na demanda pelo cereal, ainda não detalhou o percentual das tarifas, mas confirmou que adotará medidas contra as importações dos EUA, o que pode agravar ainda mais a pressão sobre os preços do milho no mercado global.
No Brasil, a semeadura da safrinha 2025 de milho avançou significativamente na última semana no Centro-Sul do Brasil. Segundo levantamento da AgRural, até a última quinta-feira (27), 80% da área estimada já havia sido plantada, contra 64% na semana anterior e 86% no mesmo período da safra 2024.
Com a colheita da primeira safra avançando no Sul do país e bons rendimentos sendo observados no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a StoneX revisou para cima sua estimativa de produção da primeira safra de milho, aumentando 4,3% em relação ao relatório de fevereiro, para 26,5 milhões de toneladas.
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