Milho registra novas e boas altas na B3 nesta 3ª, apesar de recuo do dólar e colheita da safrinha

Publicado em 27/05/2025 11:08
Mercado segue se ajustando depois das últimas baixas, buscando se aproximar de referências importantes

Os preços do milho registram mais uma sessão de boas altas no mercado futuro brasileiro nesta terça-feira (27). Perto de 10h45 (horário de Brasília), os futuros do cereal subiam entre 0,7% e 1,2% na B3, levando o julho a R$ 64,40, o setembro a US$ 65,74 e o janeiro a R$ 72,15 por saca. As cotações seguem avançando hoje mesmo com um recuo do dólar frente ao real. A moeda americana perdia cerca de 0,2% para ser cotada a R$ 5,66. 

O mercado segue se ajustando depois das últimas baixas, buscando se aproximar de referências importantes, mesmo em pleno início da colheita da segunda safra. Os trabalhos de campo já têm sido registrados nos estados do Mato Grosso do Paraná. E assim, os valores na B3, principalmente os mais alongados, vão se aproximando do indicador Cepea, que ontem terminou o dia com R$ 71,24 por saca. 

Além disso, a Agrinvest Commodities informou ainda que "mercado físico do milho está voltando ao seu normal. Durante o 2º semestre de 2024 e o 1º semestre desse ano, o milho americano dominou o mercado (...) Nesse momento já temos mudanças importantes na matriz de competitividade, colocando o Brasil novamente como a origem preferencial para os próximos meses para os Tenders na Ásia", o que também traz certo suporte às cotações na B3.

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os negócios foram retomados em campo negativo depois do feriado do Memorial Day nos EUA, com leves baixas sendo observadas entre as posições mais negociadas, entre 1 e 1,50 ponto. A exceção era o julho, que subia 2 pontos para ser cotado a US$ 4,61 por bushel. 

Embora o mercado futuro norte-americano esteja bastante focado no cenário climático do Corn Belt, com algumas regiões ainda preocupando, as baixas mais intensas registradas pelo trigo ajudam a pesar sobre os preços do milho. 

"A produção americana será maior, mas a competição com as demais origens também será maior, bem diferente da temporada 2024-25", complementa a Agrinvest.

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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