Milho: Preços têm 4ª feira de altas de quase 2% tanto na Bolsa de Chicago, quanto na B3
Os preços do milho subiram mais uma vez na B3 nesta quarta-feira (26) e fecharam o dia com quase 2% de alta nos contratos mais negociados. Os futuros subiram durante todo o dia e foram intensificando os ganhos, com o janeiro/26 fechando o pregão com R$ 73,28 por saca, com alta de 1,83%, e o maio com R$ 74,20, avançando 1,59%.
O mercado futuro brasileiro acompanhou os bons ganhos que o cereal também registrou na Bolsa de Chicago, se equilibrando frente à baixa do dólar frente ao real por mais uma sessão. A moeda americana fechou esta quarta-feira com baixa de 0,77% e R$ 5,34.
A demanda pelo cereal, em especial por parte das indústrias de etanol, vem conferindo um suporte considerável e ainda duradouro às cotações no mercado brasileiro, inclusive no interior do país. As exportações também têm vivido um bom momento e contribuem.
O que analistas e consultores de mercado destacam é ainda a necessidade do monitoramento da colheita da safra de verão, que vai se aproximando, e as expectativas - principalmente sobre o clima - para a safrinha. Já há relatos de preocupação neste momento, mesmo com a soja ainda em desenvolvimento para a temporada 2025/26.
"Essa semana vem se mostrando mais firme para os preços e prêmios do milho, especialmente nos portos do Sul, onde a liquidez para dezembro e janeiro está baixa. Nos portos do Norte, também há poucas ofertas, mas igualmente em níveis mais altos do que na semana passada", afirmam os analistas da Agrinvest Commodities.
BOLSA DE CHICAGO
Em Chicago, o milho foi o líder as altas nesta quarta-feira entre os grãos, e fechou o pregão com quase 2% de alta também entre as posições mais negociadas. O dezembro subiu 1,95%, enquanto o maio foi a US$ 4,53 por bushel.
O milho acompanha ganhos que se dão na soja, nos derivados e no trigo, além de refletirem a demanda forte pelo cereal norte-americano.
Entre analistas e consultores internacionais, as expectativas também sobre o um possível La Niña também estão fortes no radar, com as preocupações de uma nova seca possa acometer a nova safra de grãos da Argentina.
No paralelo, ainda segundo a Agrinvest, "o enfraquecimento do dólar, novas declarações sobre o acordo entre Trump e Xi, e a retomada das compras de soja americana pela China trouxeram otimismo aos preços dos grãos nesta quarta-feira na CBOT. O milho liderou os ganhos com quase 2% de lata. O programa brasileiro está em reta final e a Ucrânia tem registrado queda na oferta e nos embarques nesta temporada, o que tem mantido os EUA como a origem mais competitiva e demandada, trazendo sustentação ao ativo.