Milho recua na B3 nesta 6ªfeira, mas ainda acumula valorizações ao longo da semana
A sexta-feira (5) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas no pregão da Bolsa de Chicago (CBOT) e acumulando recuos ao longo da semana.
Segundo informações do site internacional Barchart, o mercado está no aguardo do próximo relatório WASDE de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que deverá ser divulgado na terça-feira (9).
“Analistas consultados pela Bloomberg preveem estoques finais de milho nos Estados Unidos de 2,145 bilhões de bushels, uma queda de 9 bilhões de bushels em relação ao relatório de novembro, caso se confirme”, destaca a publicação.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,36 com queda de 1 ponto, o março/26 valeu US$ 4,44 com desvalorização de 2,50 pontos, o maio/26 foi negociado por US$ 4,52 com perda de 2,25 pontos e o julho/26 teve valor de US$ 4,57 com baixa de 1,25 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (4), de 0,23% para o dezembro/25, de 0,56% para o março/26, de 0,50% para o maio/26 e de 0,27% para o julho/26.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram quedas de 0,67% para o março/26, de 0,77% para o maio/26 e de 0,76% par ao julho/26, além de ganho de 0,29% para o dezembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (28).
Mercado Interno
Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho também tiveram movimentações negativas ao longo desta sexta-feira, mas finalizaram a semana acumulando elevações.
De acordo com a análise de Raphael Bulascoschi, Analista de Inteligência de Mercado de Milho da StoneX, o mercado brasileiro está bastante atento a dois fatores principais, o clima e o câmbio.
O primeiro deles, pode ter impacto direto na oferta do cereal para 2026, já que muitas regiões estão com dificuldades para a soja e devem ter janelas encurtadas para a semeadura do milho, reduzindo plantio e produção final.
Já do lado do câmbio, Bulascoschi destaca os impactos disso na competitividade do milho brasileiro no mercado brasileiro e no desempenho das exportações, que finalizaram o mês de novembro registrando volumes superiores aos contabilizados em novembro de 2024.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas movimentações neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Sorriso/MT e percebeu valorização apenas em Nonoai/RS e Pato Branco/PR.
O vencimento janeiro/26 foi cotado a R$ 74,05 com desvalorização de 0,42%, o março/26 valeu R$ 75,91 com queda de 0,17%, o maio/26 foi negociado por R$ 75,40 com perda de 0,24% e o julho/26 teve valor de R$ 70,90 com baixa de 0,25%.
Já no acumualdo semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram valorizações de 1,15% para o janeiro/26, de 1,28% para o março/26, de 1,55% para o maio/26 e de 0,03% para o julho/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (28).