Opep+ não deve mexer em política de petróleo na próxima reunião, dizem fontes

Publicado em 02/08/2023 10:26

Por Olesya Astakhova, Ahmad Ghaddar e Maha El Dahan

MOSCOU/LONDRES/DUBAI, 2 Ago (Reuters) - É improvável que a Opep+ ajuste sua atual política de produção de petróleo quando um comitê se reunir na sexta-feira, disseram seis fontes do grupo à Reuters, no momento em que a oferta mais restrita e a demanda resiliente impulsionam uma alta nos preços da commodity.

Ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados liderados pela Rússia, conhecidos como Opep+, se reúnem em 4 de agosto. O Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto pode convocar uma reunião completa do grupo se necessário.

O petróleo Brent subiu para uma máxima de três meses esta semana acima de 85 dólares, com a oferta mais apertada e a demanda crescente superando a preocupação de que os aumentos das taxas de juros e a inflação persistente possam afetar o crescimento econômico.

Seis fontes da Opep+ disseram que o comitê provavelmente não fará nenhuma alteração na política existente durante a reunião online de sexta-feira. Uma delas citou o aumento do preço do petróleo como motivo para não tomar atitude.

A Opep e o Ministério de Energia da Arábia Saudita não responderam imediatamente aos pedidos de comentários na terça-feira.

Nos comentários mais recentes de um membro da Opep sobre o mercado, o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos disse à Reuters em 21 de julho que as ações atuais do grupo que inclui a Rússia eram suficientes por enquanto, e eles estavam "a apenas um telefonema" se outras medidas fossem necessárias.

O ministro dos Emirados Árabes Unidos faz parte do comitê, presidido pelo ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman.

Ainda assim, uma surpresa não pode ser descartada. O ministro saudita afirmou em julho que a Opep+ vai "continuar o esforço para surpreender os mercados". Em abril, vários membros do grupo anunciaram cortes pouco antes de uma reunião ministerial em que não esperada ação.

Fonte: Reuters

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