Após considerar insuficientes as medidas tomadas pelo Governo, produtores uruguaios seguem protestando em vigília

Publicado em 30/01/2018 08:41

Depois de conhecer as medidas anunciadas por Tabaré Vázquez, presidente do Uruguai, em apoio ao setor agropecuário do país, Marcelo Nougué, porta-voz dos agricultores que se manifestam sob o lema #UnSoloUruguay, disse que o campo voltará às estradas e às manifestações "com mais força".

Para os manifestantes, o Poder Executivo está longe de atender aos pedidos realizados pelo setor em Durazno. "Esperamos que a equipe de governo siga trabalhando para tomar medidas e que estas sejam apenas algumas questões de emergência que já haviam sido preparadas anteriormente", agregou Nougué.

Para ele, é "alarmante" que o presidente diga que "não há nada para fazer quanto ao gasto público" quando se "há margem para fazer coisas". Essa margem, na visão do porta-voz, poderia aparecer "quando se tomar consciência de que será possível fazer isso sem afetar a saúde, a educação e a segurança".

Durante os próximos dias 31 de janeiro e 01 de fevereiro, os produtores irão realizar uma vigília em vários lugares do país para pedir soluções para um interior que está bastante deteriorado e não somente no agronegócio, mas também nos serviços, no comércio e no trabalho em geral.

As medidas do Governo uruguaio

O Governo reconheceu que "o setor agropecuário se constitui em uma das principais locomotivas de desenvolvimento do país, gerando alto valor agregado e milhares de empregos para os uruguaios", de forma que entendeu como oportuno "gerar medidas de aplicação imediata para atender algumas das principais dificuldades conjunturais".

Essas medidas, segundo Vázquez, serão complementadas com a instalação de uma mesa de trabalho em conjunto para analisar ações para o impulso do setor.

As principais medidas tomadas, até então, são relativas à queda do preço do diesel para os setores leiteiro, arrozeiro e de hortaliças, um fundo de garantia para a pecuária de leite, a queda da tarifa de energia elétrica em 15% entre janeiro e março, à regulamentação da lei de irrigação, entre outros pontos.

Tradução: Izadora Pimenta

Fonte: TodoElCampo

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