Dólar cai frente ao real; mercado aguarda BCs dos EUA e do Japão

Publicado em 26/07/2016 11:48

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava frente ao real nesta terça-feira, após a alta de 1 por cento na véspera e com investidores evitando grandes movimentos pouco antes da decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, e do Banco do Japão e que pode afetar a liquidez internacional.

Às 11:45, o dólar recuava 0,45 por cento, a 3,2793 reais na venda, após subir 1,10 por cento na sessão anterior. O dólar futuro caía cerca de 0,40 por cento.

"O mercado está em compasso de espera porque ninguém quer ser pego de surpresa pelo comunicado do Fed", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

De maneira geral, a expectativa é que o Fed mantenha a taxa de juros, mas operadores aguardavam o comunicado em busca de sinalizações sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.

"O mercado quer ver qual avaliação do Fed depois da forte recuperação do payroll em junho", disse Rostagno, referindo-se à melhora na criação de vagas nos EUA no mês passado após o fraco dado em maio.

Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em outros países, como o Brasil.

O mercado aguardava ainda a decisão de política monetária do banco central japonês, com a expectativa por mais estímulos econômicos. Neste caso, outros mercados como o brasileiro poderiam ser favorecidos, com o aumento de fluxo de entrada.

No front local, o recesso no Congresso Nacional trazia relativa calmaria e deixava os operadores à espera de novidades para ajustar as apostas.

"Não tem nada no caminho, nada agravante ou favorável. Então o mercado fica mantendo essa banda (do dólar), entre 3,20 e 3,30 reais", resumiu o operador da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, operação que realizou em todos os pregões neste mês, com exceção de um.

(Por Flavia Bohone)

 

Fonte: Reuters

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