FMI diz que reformas duras são necessárias para que Brasil supere a recessão

Publicado em 29/09/2016 15:19

BRASÍLIA (Reuters) - Qualquer diluição das medidas de austeridade fiscal no Congresso Nacional pode ameaçar a recuperação gradual do Brasil após dois difíceis anos de recessão, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira.

Em conclusões preliminares de sua visita ao Brasil, o FMI recomendou que o país faça importantes mudanças, incluindo revisão da fórmula de ajuste anual do salário mínimo e tenha como meta um superávit primário equivalente a cerca de 3,5 por cento do Produto Interno Bruto ao longo dos próximos 5 anos, para estabilizar a dívida pública até 2021.

O FMI elogiou os esforços do governo do presidente Michel Temer equilibrar as contas com a Proposta de Emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos, assim como o plano para enviar uma proposta de reforma da Previdência, com a imposição de uma idade mínima para aposentadoria.

(Por Alonso Soto)

Moody´s diz que Brasil não vai recuperar grau de investimentos antes de 2018

BUENOS AIRES (Reuters) - O Brasil não vai obter o rating grau de investimento da Moody´s Investor Service durante o atual governo, que termina em 2018, afirmou à Reuters o analista sênior da agência de classificação de risco Mauro Leos, acrescentando que as planejadas reformas para o país são essenciais para a obtenção da perspectiva estável.

Leos, vice-presidente sênior responsável pelas notas de crédito da América Latina, também disse que os cortes nos gastos do México vão garantir que o déficit fiscal de 2017 seja menor do que o de 2016. O crescimento do próximo ano ficará abaixo de 3 por cento, mas acima dos 2 por cento deste ano, disse Leos em uma entrevista.

(Por Luc Cohen)

Fonte: Reuters

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