Crescimento do PIB dos EUA no 3º tri é revisado para cima, a 3,2%

Publicado em 29/11/2016 11:27

WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos cresceu no terceiro trimestre mais rápido do que inicialmente imaginado, registrando o melhor desempenho em dois anos impulsionada pelos gastos fortes dos consumidores e pelo aumento nas exportações de soja.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 3,2 por cento, e não 2,9 por cento informado anteriormente, informou o Departamento de Comércio na sua segunda estimativa do PIB nesta terça-feira.

A taxa de crescimento foi a mais forte desde o terceiro trimestre de 2014, acelerando ante o ritmo anêmico de 1,4 por cento do segundo trimestre.

O crescimento foi impulsionado por revisões para cima no investimento empresarial em construção de estruturas e moradias, o que destaca os fundamentos sólidos da economia que reforçam a visão de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, elevará os juros no próximo mês.

Dados que vão de habitação a vendas no varejo e indústria sugerem que a economia manteve seu impulso no início do quarto trimestre, mesmo com as exportações parecendo vacilar diante do cenário de renovado fortalecimento do dólar e redução do impulso da soja.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que o crescimento do PIB no terceiro trimestre fosse revisado para 3,0 por cento.

O Departamento de Comércio informou que os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram a uma taxa de 2,8 por cento no terceiro trimestre e não os 2,1 por cento informados no mês passado. Isso ainda representou uma desaceleração do forte ritmo do segundo trimestre de 4,3 por cento.

Os gastos com estruturas não residenciais, que incluem poços de petróleo e gás, aumentaram a uma taxa de 10,1 por cento, ritmo mais rápido desde o primeiro trimestre de 2014. Anteriormente foi informado que os gastos não residenciais haviam aumentado 5,4 por cento.

Os gastos das empresas com equipamentos, entretanto, caíram 4,8 por cento, contra contração de 2,7 por cento informada antes. Isso representa quatro trimestres seguidos de queda nos gastos com equipamentos.

A estimativa de crescimento das exportações foi pouco alterada, ficando em 10,1 por cento, o ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2013. O aumento das exportações refletiu em grande parte uma alta nas exportações de soja após safras fracas na Argentina e no Brasil.

(Por Lucia Mutikani)

Fonte: Reuters

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