China corta meta de crescimento em 2017 e coloca foco em reforma

Publicado em 06/03/2017 07:25

PEQUIM (Reuters) - A China reduziu sua meta de crescimento este ano, conforme a segunda maior economia do mundo realiza reformas dolorosas para enfrentar uma rápida acumulação de dívidas e cria proteções contra os riscos financeiros.

A China pretende expandir sua economia em cerca de 6,5 por cento, disse o primeiro-ministro Li Keqiang em seu relatório de trabalho na abertura da reunião anual do parlamento no domingo.

A meta, que a Reuters havia noticiado exclusivamente a citando fontes em janeiro, era realista e ajudaria a orientar e estabilizar as expectativas, disse Li.

A China definiu uma meta de 6,5 a 7 por cento no ano passado e, por fim, alcançou crescimento de 6,7 por cento, apoiado em empréstimos bancários recordes, um boom especulativo de habitação e bilhões de investimentos governamentais.

Mas como o governo se move para esfriar o mercado imobiliário, retardar novos créditos e apertar as cordas da bolsa, a China terá que depender mais do consumo interno e do investimento privado para o crescimento. Tal como em 2016, a China não estabeleceu um objetivo para as exportações, destacando a perspectiva global incerta.

"Os desenvolvimentos tanto dentro como fora da China exigem que estejamos prontos para enfrentar situações mais complicadas e mais graves", disse Li, acrescentando que o crescimento mundial permaneceu lento, enquanto a desglobalização e o protecionismo estavam se acelerando.

(Reportagem de Kevin Yao e Xiaochong Zhang)

Fonte: Reuters

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