Mercado de petróleo pode ter déficit no 1° semestre se Opep mantiver cortes, diz IEA

Publicado em 15/03/2017 11:36

LONDRES (Reuters) - Os estoques globais de petróleo subiram em janeiro pela primeira vez em meses, com o mercado enfrentando uma alta na produção no ano passado, mas se a Opep mantiver seus cortes de produção a demanda poderá ultrapassar a oferta no primeiro semestre deste ano, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quarta-feira.

O relatório mensal da IEA teve um tom mais altista do que uma nota divulgada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na terça-feira.

A Opep também apontou os estoques em alta, mas elevou suas estimativas para a produção fora do grupo e não sinalizou para um reequilíbrio entre oferta e demanda até o segundo semestre deste ano.

A IEA disse que os estoques de petróleo nas nações mais ricas do mundo subiram em janeiro pela primeira vez desde julho, em 48 milhões de barris, para 3,03 bilhões de barris, mais de 300 milhões de barris acima da média de cinco anos.

Mas o acordo da Opep, que visa cortar a produção em 1,2 milhão de barris por dia no primeiro semestre deste ano, alcançou uma efetividade de 91 por cento em fevereiro, e se o mercado mantiver o limite de oferta até julho, poderá haver um déficit implícito de 500 mil bpd, disse a IEA.

"Se os atuais níveis de produção forem mantidos até junho, quando o acordo expira, há um déficit implícito no mercado de 500 mil bpd no primeiro semestre de 2017, assumindo, é claro, que nada mais mude na oferta e na demanda", apontou a agência.

"Para aqueles que buscam um reequilíbrio do mercado de petróleo, a mensagem é que eles devem ser pacientes, e segurar seus nervos".

(Por Amanda Cooper)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA
Brasil e Japão assinam acordos em agricultura e segurança cibernética