Argentina não pagará FMI enquanto durar recessão, diz Cristina Kirchner em Cuba

Publicado em 09/02/2020 20:05

HAVANA (Reuters) - A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse no sábado que o governo do país não pagará "sequer meio centavo" de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) enquanto o país não sair da recessão.

"A primeira coisa que temos que fazer para poder pagar é sair da recessão", disse Cristina em uma apresentação de seu livro "Sinceramente" na feira internacional do livro em Havana.

"Se houver uma recessão, ninguém vai pagar sequer meio centavo e a forma de sair da recessão é por meio de muito investimento estatal."

A Argentina precisa reestruturar 100 bilhões de dólares em dívida soberana com credores, incluindo parte de um crédito de 57 bilhões de dólares que o FMI deu ao país em 2018.

As tratativas com o FMI são cruciais para as esperanças argentinas de evitar um calote em meio a uma crise cambial, alta inflação e economia em contração. Uma missão técnica do FMI deve chegar a Buenos Aires na semana que vem para discutir as obrigações da Argentina com o Fundo.

Cristina disse que a Argentina deve ter um "corte substancial" da dívida com o FMI.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços mundiais dos alimentos caem pelo terceiro mês em novembro, diz FAO
Minério de ferro encerra semana em baixa devido à melhora na oferta e demanda fraca da China
Comércio dos EUA com a China provavelmente precisa ser menor, diz Greer
Ações da China interrompem três dias de quedas com otimismo sobre chips domésticos
Índices de Wall Street fecham quase estáveis com impulso de apostas de corte do Fed, mas pressionados pela Amazon
Amcham: novembro registra 4ª queda seguida nas exportações aos EUA e reforça necessidade de acordo bilateral