Economia alemã tem queda de 2,2% no 1º trimestre e entra em recessão

Publicado em 25/05/2020 07:06 e atualizado em 25/05/2020 07:42

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha encolheu 2,2% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre do ano passado, diante do violento impacto econômico da pandemia de coronavírus, segundo revisão divulgada hoje pela Destatis, a agência de estatísticas do país.

A queda, a maior registrada desde o primeiro trimestre de 2009, veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal e confirmou estimativa prévia publicada no último dia 15.

Em relação a igual período de 2019, o PIB da maior economia europeia sofreu contração de 2,3% entre janeiro e março, também como previa o mercado e confirmando o cálculo original da Destatis.

Como o PIB alemão já havia diminuído 0,1% no quarto trimestre de 2019 ante os três meses anteriores, a segunda contração no primeiro trimestre significa que a Alemanha entrou em recessão técnica.

Queda no consumo e exportações jogam Alemanha em recessão no 1º tri

BERLIM (Reuters) - A queda nos investimentos de capital, no consumo privado e nas exportações levou a economia da Alemanha à recessão no primeiro trimestre, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, dando uma ideia dos danos causados pela pandemia de coronavírus.

A Agência Federal de Estatísticas informou que os investimentos de capital caíram 6,9%, o consumo privado recuou 3,2% e as exportações tiveram perdas de 3,1% entre janeiro e março na comparação com os três últimos meses de 2019.

Isso significa que o consumo privado cortou 1,7 ponto percentual da atividade econômica e o comércio tirou 0,8 ponto, traduzindo-se em uma contração do PIB de 2,2%, a mais intensa desde 2009.

Os dados mostraram que os investimentos no setor de construção, que responde por quase 10% da produção nacional e é o maior empregador da Alemanha, aumentaram 4,1%, contribuindo com 0,4 ponto percentual para o resultado trimestral.

Os gastos estatais também foram outro ponto positivo, e junto com a construção impediram uma contração mais forte. Os gasto do governo aumentaram 0,2% no trimestre.

A queda de 2,2% na base trimestre foi a maior desde a crise financeira de uma década atrás e a segunda maior desde a reunificação alemã em 1990. No quarto trimestre de 2019 a atividade havia registrado queda de 0,1%.

Índice alemão IFO de sentimento das empresas sobe mais do que o esperado em maio

O índice de sentimento das empresas da Alemanha subiu da mínima histórica de 74,2 pontos em abril para 79,5 pontos em maio, em meio à melhora da confiança com a gradual reabertura da maior economia da Europa após o choque da pandemia de coronavírus, segundo pesquisa divulgada hoje pelo instituto alemão Ifo.


O resultado de maio superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta do índice a 76,8. O dado de abril foi revisado para baixo, de 74,3 pontos originalmente.

"O sentimento entre empresas alemãs se recuperou até certo ponto, depois de alguns meses catastróficos", avaliou o presidente do Ifo, Clemens Fuest.

O chamado subíndice de expectativas econômicas do Ifo avançou de 69,4 pontos em abril para 80,1 pontos em maio. Por outro lado, o subíndice de condições atuais recuou de 79,4 para 78,9 pontos no mesmo período.

A pesquisa mensal do Ifo envolve cerca de nove mil empresas dos setores de manufatura, serviços, comércio e construção. Fonte: Dow Jones Newswires.

Fonte: Estadão Conteúdo/Reuters

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