ACCS se manifesta contra decisão do município de Concórdia (SC) de construir abrigo de animais ao lado de central de genética

Publicado em 10/09/2020 16:38 e atualizado em 26/11/2021 14:24

A Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) foi fundada em 24 de julho de 1959, e desde o princípio teve como missão o desenvolvimento genético para melhorar o plantel de suínos do Estado. Sua trajetória exitosa se confunde com o sucesso mundial do segmento, que nosso Estado ostenta a condição de maior produtor e exportador de carne suína do País, além de ser o único livre de febre aftosa sem vacinação, o que permite a exportação para os países mais exigentes do mundo, como EUA e Japão, este segundo já sendo, inclusive, o quinto maior importador. 

Sob o comando de dirigentes visionários, há 44 anos a ACCS implantou a primeira Central de Coleta e Difusão Genética de sêmen suíno do Brasil, a qual está localizada na comunidade de Fragosos em Concórdia - SC. 

Além disso, diante das mudanças exigidas pelo mercado internacional para a produção dentro do Bem-Estar Animal (BEA), no ano de 2016, a ACCS inovou outra vez e investiu R$ 4.500.000.00 (quatro milhões e quinhentos mil reais) na construção da primeira Central de Difusão Genética do País dentro do BEA, com o que há de melhor no mundo em tecnologia para avaliação espermática. 

Nesta instalação são produzidas e comercializadas 19 mil doses de sêmen por mês, com uma média de 119 mil matrizes inseminadas/ano, e produção de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) leitões. Ou seja, aproximadamente 217 mil toneladas de carne que, comercializadas pelo preço da bolsa de suínos de Santa Catarina, corresponde a R$ 1.540.080.000,00 (um bilhão, quinhentos e quarenta milhões e oitenta mil reais), revelando a magnitude da Central.

A continuação do caminho exitoso trilhado até o momento pela suinocultura nacional depende de dois fatores: a “sanidade animal” e o “bem-estar animal”, que são verdadeiros tesouros da economia Concordiense, Catarinense e Brasileira, pois abrem portas comerciais em todo o mundo.  E justamente estes dois pilares da atividade econômica estão sendo gravemente ameaçados pela intenção do Município de Concórdia de promover a construção de um abrigo de animais domésticos abandonados ao lado da Central de Difusão Genética.

A ACCS reconhece como benéfica a construção do abrigo para animais, mas deve ser desenvolvida em outro local, para evitar comprometimento da Central de Coleta e Difusão Genética.

Desde que tomou conhecimento, pela imprensa, da iniciativa do Município (que sequer verificou as consequências desta ação), a ACCS tem mantido contato com a Administração Pública, a fim de posicionar as instalações do abrigo em outro imóvel. 

Nestas oportunidades, foram fornecidas informações acerca da gravidade dos efeitos da iniciativa do Município, que aponta a possibilidade de volumosos prejuízos ao Município (que será demandado a indenizar danos resultantes da interrupção ou cessação das atividades da ACCS no local), como também pela perda de receita. Ainda que o reposicionamento da obra possa gerar pequeno atraso e até pequenos prejuízos, tais perdas são infinitamente menores do que os danos decorrentes de eventual interdição da Central, que inevitavelmente afetará a economia local, estadual e nacional, com risco de perda de certificações sanitárias que o Estado possui.

Lamentavelmente o Município de Concórdia ainda não se sensibilizou com os alertas emitidos pela ACCS e pela sua disponibilidade em contribuir com soluções alternativas para a construção do abrigo de animais em outro local. Prossegue com a iniciativa, voltando às costas a um dos principais segmentos da atividade econômica do Município e Estado.

Fonte: ACCS

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